Em conferência de imprensa, o presidente da autarquia, José António Jesus, explicou que, até 15 de maio, poderá ser pedido um apoio que “vai até 50% do valor da renda” referente a janeiro, fevereiro e março de estabelecimentos comerciais, serviços e retalho, com um limite por mês de 200 euros.
O autarca acrescentou que será dado “igual apoio para aqueles que, no passado, recorreram à banca para adquirirem o imóvel onde desenvolvem a atividade comercial”, por dois meses e dentro do mesmo limite.
“São medidas muito direcionadas para fomentar a resiliência e, mais do que isso, para encorajar a permanência da atividade comercial, dos serviços e da dinâmica do nosso concelho”, frisou.
Na primeira fase (lançada em abril), o município deu apoios no valor de 34.344,48 euros e, na segunda (em novembro), de 34.191,97 euros.
José António Jesus disse que, atendendo aos valores das três fases, mais os descontos feitos no comércio local no período do Natal, o somatório dos apoios diretos “se aproximará muito dos 150 mil euros”.
Paralelamente, o município criou a iniciativa “Todos às compras no concelho de Tondela”, direcionada para o comércio tradicional, que decorrerá até 21 de maio.
O vereador Pedro Adão explicou que, no âmbito desta iniciativa, “nas compras de valor igual ou superior a 10 euros é atribuído um ‘voucher’ de desconto de 10%”.
“Para compras iguais ou superiores a 20 euros, além do desconto, vai ter direito a um cupão que resultará num sorteio a realizar a 04 de junho”, referiu o vereador, acrescentando que, entre os prémios, estão descontos de 100 euros no comércio local e de 40 euros nos restaurantes.
A Câmara de Tondela tem ainda em curso a criação de uma plataforma de apoio ao comércio local, que visa agrupar os empresários do concelho.
Segundo José António Jesus, apesar da pandemia, “felizmente, na atividade industrial não há sinais que sejam muito preocupantes” no concelho de Tondela.
Ainda que algumas empresas tenham tido “momentaneamente alguma fase de ‘lay-off’, que depois rapidamente foi ultrapassada, de uma forma geral, não há constrangimentos significativos”, afirmou.
No seu entender, esta situação tem a ver com o facto de muitas das empresas do concelho serem multinacionais e estarem ligadas ao setor farmacêutico e automóvel, encontrando-se algumas até em expansão.
LUSA/HN
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