“Isso deixa-nos muito satisfeitos, é sinal de que as instituições internacionais acreditam neste país, acreditam nesta governação, nos programas que temos estado a levar a cabo sobretudo na luta contra o paludismo”, disse Jorge Bom Jesus à Lusa.
O chefe do executivo são-tomense considera o paludismo como “um dos grandes flagelos” do século passado e deste, que “assola todo o continente africano numa luta em que a África está quase sozinha”.
“Em muito pouco tempo conseguiu-se encontrar financiamento, dinheiro para vacinas e resolver os problemas da Covid-19, mas em relação ao paludismo os problemas ainda continuam”, afirmou Jorge Bom Jesus, lamentando que a doença “continua a ser um dos fatores que levam milhares de vidas de africanos e de outras paragens do mundo”.
A iniciativa E-2025, lançada quarta-feira em antecipação ao Dia Mundial da Malária, que se assinala no domingo, identificou um grupo de 25 países com potencial para erradicar a malária dentro de cinco anos.
Para este novo programa transitaram automaticamente os 17 países que apesar de terem atingido a meta de zero casos locais de paludismo no âmbito da iniciativa E-2020 ainda não foram certificados pela OMS como “Malaria Free” (livre de malária).
“Nós temos implementado um programa sobretudo com o apoio dos parceiros multilaterais e também bilaterais e neste momento a OMS e outras instituições têm estado a apoiar São Tomé e Príncipe, portanto nós acreditamos que temos um plano no sentido de erradicar o paludismo até 2025 e estamos no bom caminho”, referiu o governante.
“Temos os indicadores controlados, vamos continuar a cumprir todos os passos e a colocar todos os financiamentos e recursos necessários”, explicou o chefe de executivo de São Tomé e Príncipe.
O chefe do Governo prometeu “continuar os esforços na luta contra esta doença”.
“Esta nota nos encoraja, ficamos felizes por isso e vamos continuar a trabalhar nesse sentido, não perdendo de vista, naturalmente, outras doenças”, defendeu.
Fonte do PNLP (Programa Nacional de Luta Contra o Paludismo) disse à Lusa que em 2019 São Tomé e príncipe registou 2.400 casos de malária.
Contudo, de janeiro a esta parte já foram diagnosticadas 480 pessoas com paludismo, dado que poderá, segundo a fonte, “dificultar o cumprimento da meta estabelecida” para 2021.
A mesma fonte admitiu que a pandemia de Covid-19 pode estar na origem do aumento de casos, “uma vez que toda a atenção foi virada no último ano para esta doença”.
Os distritos de Lobata, no norte da ilha de São Tomé, Caué no sul e Mé Zóchi, no centro são os que têm maior foco da doença.
LUSA/HN
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