Mais de 90% dos portugueses consideram unidades de saúde locais seguras durante a pandemia

4 de Maio 2021

Um estudo promovido pela Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) revela que 91% das pessoas que se deslocaram a unidades de saúde durante a pandemia de Covid-19 consideram que os serviços demonstram preocupação com as medidas de higiene e segurança, acreditando que os locais são seguros.

Para além disso, em caso de necessidade, 98% dos portugueses deslocar-se-iam a estas unidades.

A vacinação contra a Covid-19 e a sua relação com as medidas de prevenção também foram estudadas, tendo-se verificado que praticamente todos os inquiridos (99%) continuarão a adotar medidas de proteção, como o uso da máscara, a lavagem frequente das mãos e o distanciamento social, após serem vacinados.

Apenas 9% dos inquiridos não se mostram muito atentos à informação relacionada com a Covid-19, enquanto 64% recorrem à comunicação social para se informarem e 28% optam por pesquisar na internet.

O inquérito, que contou com uma avaliação específica dedicada aos doentes cardíacos, concluiu também que 62% dos doentes cardiovasculares não cancelaram nem adiaram as suas consultas e/ou exames médicos no último ano devido à Covid-19, que atingiu uma em cada 10 destas pessoas.

“Estas conclusões mostram que os portugueses começam a saber lidar com a pandemia de Covid-19, que veio para ficar, e que o receio do vírus já não coloca em causa o acompanhamento aos doentes cardíacos como se verificava há uns meses atrás. Os serviços de saúde têm assumido um papel fundamental na transmissão de uma mensagem de confiança e a prova disso é que verificamos que, cada vez mais, os doentes não temem as deslocações a estas unidades por considerarem que estão reunidas todas as condições de segurança”, disse Manuel Oliveira Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, citado em comunicado.

A amostra do estudo é constituída por 1000 portugueses, com idade superior a 18 anos, residentes em Portugal Continental.

O principal objetivo era avaliar o comportamento dos portugueses face ao seu conhecimento, idas aos serviços de saúde e medidas de prevenção, tendo em conta o atual contexto pandémico.

O estudo foi ontem apresentado num evento virtual e marcou o arranque das comemorações de “Maio, Mês do Coração”, que este ano terá uma plataforma imersiva para eventos e disponibilização de informação útil sobre a temática das doenças cardiovasculares.

Mais informação em www.maionocoracao.pt.

PR/HN/Rita Antunes

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

DGS Define Procedimentos para Nomeação de Autoridades de Saúde

A Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu uma orientação que estabelece procedimentos uniformes e centralizados para a nomeação de autoridades de saúde. Esta orientação é aplicável às Unidades Locais de Saúde (ULS) e aos Delegados de Saúde Regionais (DSR) e visa organizar de forma eficiente o processo de designação das autoridades de saúde, conforme estipulado no Decreto-Lei n.º 82/2009.

Ana Santos Almeida: ‘avançar na promoção da saúde da mulher

Em entrevista exclusiva ao Healthnews, a Professora Ana Santos Almeida revela como o projeto AGEWISE revoluciona a compreensão da menopausa, explorando a interação entre o microbioma intestinal e as hormonas sexuais. Com o uso de Inteligência Artificial, o projeto promove intervenções personalizadas para melhorar a saúde das mulheres durante o envelhecimento.

Confiança: o pilar da gestão de crises na Noruega

A confiança foi essencial na gestão da pandemia pela Noruega, segundo o professor Øyvind Ihlen. Estratégias como transparência, comunicação bidirecional e apelo à responsabilidade coletiva podem ser aplicadas em crises futuras, mas enfrentam desafios como polarização política e ceticismo.

Cortes de Ajuda Externa Aumentam Risco de Surto de Mpox em África

O corte drástico na ajuda externa ameaça provocar um surto massivo de mpox em África e além-fronteiras. Com sistemas de testagem fragilizados, menos de 25% dos casos suspeitos são confirmados, expondo milhões ao risco enquanto especialistas alertam para a necessidade urgente de políticas nacionais robustas.

Audição e Visão Saudáveis: Chave para o Envelhecimento Cognitivo

Um estudo da Universidade de Örebro revela que boa audição e visão podem melhorar as funções cognitivas em idosos, promovendo independência e qualidade de vida. Intervenções como aparelhos auditivos e cirurgias oculares podem retardar o declínio cognitivo associado ao envelhecimento.

Défice de Vitamina K Ligado a Declínio Cognitivo

Um estudo da Universidade Tufts revela que a deficiência de vitamina K pode intensificar a inflamação cerebral e reduzir a neurogénese no hipocampo, contribuindo para o declínio cognitivo com o envelhecimento. A investigação reforça a importância de uma dieta rica em vegetais verdes.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights