A Autoridade Pública de Cuidados Médicos egípcia anunciou em comunicado, publicado na sua conta oficial de Facebook, que “elevou o nível de preparação de três hospitais para o caso de haver necessidade de retirar feridos de Gaza”.
Segundo o chefe da Autoridade, Ahmed al Subki, estas instalações são “o complexo médico de Ismailiya, o hospital Abu Jalifa e o hospital 30 de junho”, os dois primeiros situados em Ismailiya e o último em Port Said, ambos no nordeste do país.
No entanto, não foi ainda anunciada a instalação de unidades hospitalares no norte da península do Sinai, a zona mais próxima de Gaza.
Esta decisão insere-se no “plano do Estado egípcio para receber os feridos palestinianos procedentes da Faixa de Gaza, caso exista necessidade de os acolher em território egípcio para receber tratamento”, acrescentou Subki.
O mesmo responsável acrescentou que foram canceladas “as férias do Aid al Fitr [que assinala o fim do mês sagrado do Ramadão] de alguns médicos e equipas sanitárias dessas instalações” e precisou que foram asseguradas “reservas de sangue e produtos médicos para garantir a disponibilidade e os materiais necessários para tratamento e resposta rápida”.
O Egito, liderado pelo general Abdel Fattah al-Sissi, mediador entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, adotou esta decisão na sequência da forte escalada de violência entre Israel e a Faixa de Gaza, que desde segunda-feira já provocou a morte de pelo menos 120 palestinianos, incluindo dezenas de crianças, e fez pelo menos 830 feridos, segundo o ministério da Saúde local.
Os combates, os mais graves desde 2014, iniciaram-se em 10 de maio, após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado do islão, que fica junto ao local mais sagrado do judaísmo.
Ao lançamento maciço de ‘rockets’ por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza, para além de incidentes em várias cidades do Estado judaico, incluindo tentativas de linchamento de árabes israelitas, cerca de 20% do conjunto da população.
O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.
LUSA/HN
0 Comments