Brasil soma 790 mortes e aproxima-se de 450 mil óbitos

25 de Maio 2021

O Brasil somou 790 mortes devido à covid-19 nas últimas 24 horas, aproximando-se dos 450 mil óbitos (449.858) desde o início da pandemia, informou segunda-feira o Ministério da Saúde brasileiro.

Em relação ao número de infeções, o país sul-americano contabilizou 37.498 casos entre domingo e hoje, elevando o total de diagnósticos da doença para 16.120.756, segundo o último boletim epidemiológico difundido pela tutela da Saúde.

Os números hoje registados ficam abaixo da média contabilizada ao longo da semana anterior, uma vez que a falta de recursos humanos para testar e recolher dados durante os fins de semana têm impacto nos números apresentados, sendo que estes acabam por ser consolidados às terças-feiras, segundo explicações do próprio executivo.

O Brasil, com 212 milhões de habitantes, continua a ser o segundo país com mais mortes devido à covid-19 em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos, antecedido pelos norte-americanos e pela Índia.

A taxa de incidência da doença no Brasil aumentou hoje para 214 mortes e 7.671 casos por 100 mil habitantes. Já a taxa de letalidade está fixada em 2,8%.

São Paulo é o foco da pandemia no país, com 3.192.727 diagnósticos de covid-19, sendo seguido por Minas Gerais (1.518.725), Paraná (1.062.401) e Rio Grande do Sul (1.060.777).

Já as unidades federativas que concentram mais óbitos são São Paulo (107.677), Rio de Janeiro (49.539), Minas Gerais (39.128) e Rio Grande do Sul (27.468).

A taxa de ocupação de camas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com covid-19 voltou hoje a ficar, após um mês, acima de 80% no Estado de São Paulo, o que pode indicar um recrudescimento da pandemia na região.

Num momento em que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no senado brasileiro investiga falhas na gestão da pandemia no país, incluindo a defesa do uso de medicamentos sem eficácia contra a doença por parte do Governo, o jornal Folha de S.Paulo indicou hoje que o Ministério da Saúde distribuiu, pelo menos, 265 mil comprimidos de cloroquina, azitromicina e ivermectina a indígenas em cinco unidades federativas.

Os fármacos em causa não têm eficácia contra a covid-19, mas são amplamente defendidos para esse efeito pelo Governo de Jair Bolsonaro.

Parte desses medicamentos foi comprada diretamente por Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), vinculados ao Ministério da Saúde e com atuação direta junto às comunidades nativas.

A Folha de S.Paulo teve acesso a um documento técnico da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), de junho de 2020, que orientou os DSEI a “instruir os seus respetivos processos de aquisição” de cloroquina e hidroxicloroquina, caso municípios e Estados se negassem a fornecer o medicamento.

No seu depoimento na CPI, na semana passada, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello negou que sua gestão tivesse distribuído medicamentos do “tratamento precoce” aos DSEI.

Contudo, documentos e registos do próprio Governo contrariam essa tese, indicando que a compra e distribuição desses medicamentos destinou-se a combate a covid-19.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.465.398 mortos no mundo, resultantes de mais de 166,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

NR/HN/LUSA

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