“Estamos a trabalhar numa iniciativa para investir mil milhões de euros do ‘Team Europe’ para desenvolver o fabrico de vacinas em África, a própria capacidade em África”, anunciou a líder do executivo comunitário, em conferência de imprensa.
Segundo Von der Leyen, a iniciativa visa também levar “tecnologias mRNA (como as usadas pelas farmacêuticas Pfizer e Moderna) para África, algo que ainda não aconteceu até agora”.
“É uma iniciativa específica com os nossos parceiros africanos, não só para a produção, desenvolvendo as capacidades de fabrico e ainda competências para a gestão da cadeia de abastecimento”, salientou.
Um dos aspetos da parceria, explicou, é a elaboração do “quadro regulamentar necessário através da Agência Africana de Medicamentos”.
Falando no final do Conselho Europeu extraordinário, Ursula Von der Leyen acrescentou que as farmacêuticas BioNtech/Pfizer, Moderna e Johnson&Johnson se comprometerem a entregar 1,3 mil milhões de doses de vacinas em 2021 a custo zero para países de baixo rendimento e a um preço reduzido a países de médio rendimento.
O pacote ‘Team Europe’ foi constituído em abril de 2020 para apoiar os países parceiros na luta contra a pandemia do novo coronavírus e as suas consequências.
O objetivo da abordagem ‘Team Europe’ é combinar recursos da UE, dos seus Estados-membros, e das instituições financeiras, em particular o Banco Europeu de Investimento e o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.475.079 mortos no mundo, resultantes de mais de 167,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
África registou 128.718 óbitos desde o início da pandemia, e um total de 4.768.416 casos, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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