À margem de uma visita à praia fluvial do Samouco, em Alcochete, Setúbal, para apresentar um projeto para resolver os problemas sociais e ambientais da apanha de bivalves no estuário do Tejo, Catarina Martins foi questionada sobre se concordava com alterações na matriz de risco da Covid-19, um dia depois do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter defendido essas mudanças face à crescente taxa de imunidade da população portuguesa.
“Nós temos vindo a dizer que é muito importante que haja uma comunicação clara e muitas vezes uma alteração de critérios, de procedimentos, torna mais difícil a comunicação do risco à população”, começou por responder.
A líder bloquista recordou que na sexta-feira haverá uma nova reunião com peritos.
“Nós não temos sido favoráveis a alterações dos critérios muitas vezes porque achamos que isso altera a comunicação que é feita com as pessoas e a compreensão que todos temos da nossa responsabilidade coletiva”, referiu, perante a insistência dos jornalistas sobre o posicionamento do partido sobre esta mudança.
Ao mesmo tempo que os bloquistas têm feito apelos para que todos compreendam “que a pandemia ainda não passou” e são precisos “comportamentos responsáveis”, Catarina Martins recordou “há políticas publicas que são fundamentais”.
“Testar, testar, testar, vacinar, vacinar, vacinar e garantir as condições laborais e as condições de respeito e de apoio social a todas as pessoas que têm de ficar em isolamento profilático por causa da Covid-19”, enfatizou.
O Presidente da República defendeu na quarta-feira que se deve mudar a matriz de risco que tem servido de base para o processo de desconfinamento, face à crescente taxa de imunidade da população portuguesa contra a Covid-19.
Em declarações aos jornalistas, após visitar uma exposição no Museu das Artes de Sintra, no distrito de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado se considerava que este é o momento para criar uma nova matriz de risco, que não tenha apenas em conta o índice de transmissão e a incidência de novos casos por 100 mil habitantes.
“Eu sempre achei isso, mas sempre respeitei a opinião dos especialistas e a decisão do Governo”, respondeu então, referindo que “aparentemente, há especialistas que, de forma crescente, dizem que é preciso ir começando a repensar, e o Governo também já disse que é preciso estudar e repensar”.
LUSA/HN
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