CDS-PP quer mais psicólogos nas escolas e centros de saúde para ajudar vítimas de ‘bullying’

2 de Junho 2021

O presidente do CDS-PP defendeu esta terça-feira que o 'bullying' escolar "é um crime" e exigiu ao Governo que reforce o programa 'Escola Segura' e que aumente os psicólogos nas escolas e centros de saúde para apoiar as crianças.

Na sua intervenção na abertura do Conselho Nacional, que está reunido através de videoconferência, Francisco Rodrigues dos Santos aproveitou que se comemorava o Dia da Criança para alertar para o ‘bullying’ infantil, considerando que é “uma realidade em Portugal que vai coagindo, agredindo e amedrontando o bem estar” das crianças e que “vai minando a sua saúde mental”.

“O ‘bullying’ não é uma brincadeira de escola, é um crime, e por essa razão exige-se que o Governo tenha um papel determinante na eliminação do ‘bullying’ infantil, nomeadamente em contexto escolar”, salientou num discurso perante os jornalistas, na sede do partido (em Lisboa), referindo que constitui “assédio moral e uma ofensa ao bem estar e ao desenvolvimento” dos mais novos.

E defendeu que é necessário “reforçar os programas como o ‘Escola Segura’, para que as escolas sejam um lugar de elevador social mas também de bem-estar infantil” e “aumentar o número de psicólogos nas escolas e nos centros de saúde, para que aqueles que sofrem ameaças e sentem a sua saúde mental a esfumar-se tenham a assistência psicológica de que precisam”.

Criticando também que “um número de telefone não é suficiente, muito menos um número que se paga a chamada”, o presidente do CDS-PP sublinhou que “é necessário um atendimento e uma assistência direta para que todos aqueles que vivem todos os dias com o drama deste crime perpetrado contra si possam viver em segurança, com qualidade de vida e em liberdade”.

Indicando que “em março o Governo criou uma comissão de acompanhamento para o ‘bullying’ em Portugal”, Francisco Rodrigues dos Santos salientou que ainda não se viu “trabalho concreto rigorosamente nenhum, apesar do número de casos de ‘bullying’ continuar a aumentar”.

E considerou “urgente” que o primeiro-ministro, António Costa, clarifique se “esta comissão de combate e acompanhamento ao ‘bullying’ em Portugal serve para proteger as crianças ou para empregar os ‘boys’ do PS”.

“É que se servir para proteger as nossas crianças, a sua qualidade de vida, a sua segurança e o seu bem-estar, é necessário que reforce equipas na ‘Escola Segura’, é urgente aumentar o número de psicólogos nas escolas e nos centros de saúde e é também urgente perceber que um número e telefone não é suficiente para acompanhar estas crianças, porque o ‘bullying’ na escola não é uma atividade escolar, é um crime que tem de ser combatido”, frisou ainda.

LUSA/HN

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