Alguns agrupamentos de escolas de Lisboa, estão a enviar mensagens aos encarregados de educação, informando que até ao final do ano letivo estão suspensas todas as atividades presenciais.

Numa dessas mensagens, a que o HealthNews teve acesso, enviada aos pais por um responsável de agrupamento de escolas pode-se ler:

“Caros Encarregados de Educação,

Por indicações das Autoridades de Saúde, até ao final do ano letivo não estarei a lecionar aulas presenciais. Por isso na próxima segunda-feira, dia 21 de junho, os alunos não terão aula de Matemática.  As restantes aulas estão asseguradas visto que são online e a aula de sexta-feira é dada pelo professor de coadjuvação.”

Simultaneamente, inúmeros professores de diferentes disciplinas, estão a fazer o mesmo, dando como certo que até ao final do ano letivo não irão lecionar presencialmente.

Fonte contactada pelo HealthNews explica que a decisão, que não se sabe se se restringe a Lisboa se a todo o País, se poderá dever ao facto de um número muito expressivo de professores se encontrar em confinamento por terem estado em contacto com alunos de turmas onde foram identificados casos positivos de infeção por Covid-19.

Numa escola de Lisboa contatada pelo HealthNews, cuja responsável pediu reserva de anonimato, todos os alunos das turmas do 11º e do 12º ano estão em confinamento devido a surtos de Covid 19, bem como algumas de outros níveis de ensino.

Por todo o país, são milhares os alunos confinados por terem tido contacto com colegas com diagnóstico positivo para o Covid-19.

Entretanto, HealthNews soube que no caso de um estabelecimento de Lisboa, os alunos do 12º ano, também todos em confinamento, estão a organizar uma “festa de finalistas”. Até ao momento o evento não foi cancelado ou alvo de alteração de data de realização.

Alguns encarregados de educação contactados pelo nosso jornal estranham o facto de só agora se ter tomado a decisão de os professores em confinamento cessarem a atividade letiva, já que em muitos casos, a mantiveram ao longo de várias semanas após a deteção de surtos em várias turmas onde também lecionam.

Houve mesmo o caso de uma mãe que revelou ter recebido do agrupamento de escolas onde o seu filho estuda, a informação de que o mesmo estava em confinamento com efeitos retroativos a 8 dias antes da informação. Segundo foi possível apurar, o professor em causa, embora em confinamento devido ao contacto com alunos de outras turmas onde foram detetados casos, continuou a lecionar em turmas sem registo de casos ativos da doença.

Fonte do Ministério da Educação revelou entretanto ao nosso jornal que na região de Lisboa e Vale do Tejo há neste momento 42 escolas com surtos; 465 casos ativos (entre alunos e profissionais) e 6466 alunos em isolamento (a que acrescem mais 853 profissionais).

MMM