“A variante Delta é prevalente em Portugal, neste momento, e estamos à espera do resultado das análises para ver se temos de alterar algumas das medidas [restritivas]”, disse o governante, reforçando: “Se houver conhecimento científico que justifique a alteração destas medidas, serão alteradas”.
Pedro Ramos falava no âmbito da assinatura de um contrato-programa com a Mesa da Saúde Privada da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF), no Funchal, que estabelece 16 novos postos para a realização de testes rápidos antigénio (TRAg) para a Covid-19.
Em abril, o executivo madeirense assinou um contrato semelhante com a Associação Nacional de Farmácias, tendo adquirido 200 mil testes de antigénio para proceder à testagem gratuita da população interessada de 15 em 15 dias.
O projeto conta com a participação de 36 das cerca de 60 farmácias da região autónoma.
No caso do setor privado da saúde, o Governo Regional da Madeira disponibiliza 30 mil testes TRAg, entre laboratórios e clínicas privadas, num total de 16 novos postos.
Pedro Ramos disse que a testagem da população vai aumentar, mas o número de casos positivos de Covid-19 “provavelmente não”, considerado a campanha de vacinação em curso e a manutenção de regras como o uso de máscara e o distanciamento físico.
“A taxa de positividade dos testes rápidos feitos até agora é muito baixa, 0,04%”, esclareceu, vincando que já foram realizados 25 mil testes, dos quais mil foram solicitados por turistas.
E reforçou: “Estamos empenhados em que a mobilidade da população possa aumentar, mas que possa ser feita em segurança”.
O foco do executivo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, está agora colocado no eventual surgimento e propagação da variante Delta do novo coronavírus, que pode obrigar a voltar atrás nas medidas de aligeiramento das restrições.
Na segunda-feira, o Governo Regional anunciou que, a partir de 01 de julho, passa a ser necessário apenas um teste rápido antigénio negativo à Covid-19 para entrar na Madeira, realizado até 48 horas antes da viagem, em substituição do PCR.
O horário de encerramento dos bares e restaurantes foi alargado para as 00:00 e o recolher obrigatório vigora entre as 01:00 e as 05:00, sendo que a lotação dos estabelecimentos pode ir até dois terços da capacidade, com mesas de seis pessoas no interior e de 10 no exterior.
O executivo regional, liderado por Miguel Albuquerque, indicou, entre outras medidas, que a partir de 21 de junho também será exigido apenas um teste rápido antigénio negativo para as deslocações entre as ilhas da Madeira e do Porto Santo, realizado até 48 horas antes da viagem.
De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional da Saúde, o arquipélago da Madeira, com cerca de 260 mil habitantes, regista 66 infeções ativas por SARS-CoV-2, num total de 9.562 casos confirmados desde o início da pandemia, e 72 mortos associados à doença.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 3.844.390 mortos no mundo, resultantes de mais de 177,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.057 pessoas dos 861.628 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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