Vigilantes da natureza iniciam greve às horas extraordinárias em 01 de julho

26 de Junho 2021

Os vigilantes da natureza vão iniciar em 01 de julho uma greve às horas extraordinárias por tempo indeterminado, anunciou hoje o Sindicato Nacional da Proteção Civil (SNPC).

Num comunicado, o SNPC refere que “todos os anos se assiste a um decréscimo de responsabilidades dentro do DECIR (Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais), que atribui aos vigilantes da natureza apenas a vigilância e deteção, sem poder atuar dentro das zonas adstritas ao respetivo parque natural, que representa um atentado à natureza e a biodiversidade que estão sobre sua alçada”.

O SNPC recorda que os vigilantes da natureza estão equipados com um veículo ligeiro de combate a incêndios com capacidade de 500L de água e que faz toda a diferença numa ignição.

“Ter vigilantes da natureza com capacidade de ‘Ataque Inicial’ (primeira intervenção), pode ditar a diferença entre ter um fogacho ou um incêndio de grandes dimensões, com perdas enormes para a biodiversidade, meios humanos e materiais”, defende o SNPC.

O sindicato denuncia “um desrespeito pelo trabalho dos vigilantes da natureza, negando-lhe uma revisão da carreira profissional e um salário ajustado a todas as funções que lhes estão atribuídas e lembra que recentemente passou para alçada do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) a tutela dos animais de companhia que resultou em mais trabalho, aumento da responsabilidade e manutenção do salário.

Assim, o SNPC refere no comunicado que luta por melhores condições de trabalho, mais uniformes e equipamentos de proteção individual e pela abertura de concurso de pelo menos 100 vigilantes da natureza.

O SNPC sublinha no comunicado que também luta pela inclusão dos vigilantes da natureza com atuação ao nível da primeira intervenção na Diretiva Operacional Nacional, por mais meios de comunicação rádio/móvel e pela defesa da negociação, pelo diálogo e a resolução das reivindicações apresentadas ao Ministério do Ambiente e Ação Climática.

“O pacote financeiro aprovado pelo conselho de ministros dedicado à floresta mostra que o dinheiro não é problema, o problema são as políticas desajustadas em prejuízo de trabalhadores essenciais para a conservação da natureza e das florestas”, refere o SNPC no comunicado.

“É urgente reconhecer a valorização dos vigilantes da natureza revendo a sua carreira profissional com salários justos”, conclui.

LUSA/HN

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