Numa nota enviada hoje às redações, o Governo Regional lembra que o Certificado Digital Covid União Europeia permite identificar um cidadão como estando vacinado, recuperado da doença ou com teste negativo.
A inclusão dos registos vacinais na base de dados do Serviço Nacional de Saúde está a ser feita “em articulação com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde”.
O certificado digital, que entra em vigor quinta-feira, visa facilitar a circulação segura na União Europeia, mas quem o solicitar necessita de cumprir um de três requisitos: estar vacinado, ter um teste negativo ou estar recuperado da Covid-19.
“Na prática, para comprovar um resultado negativo, o certificado lê os resultados integrados na plataforma SINAVELab, processo efetuado habitualmente pelos laboratórios da região. Para comprovar o estado de recuperação nos 180 dias anteriores, o certificado acede à data de recuperação inscrita na plataforma TraceCovid, usada no continente. Para regularização do estado de recuperado de alguns utentes dos Açores, seguirá um email para as delegações de saúde”, explica a nota.
Um utente que pretenda obter o seu certificado deve aceder ao portal do SNS24 (www.sns24.gov.pt) e clicar em “Aceder”.
Os cidadãos que não consigam aceder aos meios digitais podem dirigir-se a qualquer loja da RIAC – Rede Integrada de Apoio ao Cidadão, na Região Autónoma dos Açores.
No rastreio aos viajantes nos aeroportos e nos portos regionais, o governo açoriano diz que “estará disponível a leitura dos códigos QR específica para o certificado digital”.
Assim, a partir de 1 de julho existirão três formas de entrada no arquipélago, inclusive com Certificado Digital Covid da UE de vacinação ou de recuperação (os viajantes não precisam de preencher o inquérito “mysafeazores” nem fazer outra validação que não a do certificado, e podem entrar sem mais restrições).
Outra das formas de entrada será com certificado digital de testagem ou com o resultado laboratorial, conforme era feito até agora (neste caso os viajantes devem preencher o “mysafeazores”, anexando o resultado laboratorial ou o certificado de testagem, e são validados pelo código do portal “mysafeazores”, até para serem elegíveis para o ‘voucher’ Destino Seguro).
Quantos aos viajantes para os Açores que não possuem certificado e sem resultado de teste, terão de fazer despiste à Covid-19 “à chegada e são introduzidos na plataforma pelas equipas do aeroporto”.
Numa outra nota divulgada hoje, a Secretaria Regional da Saúde e Desporto adianta que a ilha de Santa Maria tem “mais de 80%” da população imunizada contra a Covid-19, tendo decorrido no passado fim de semana a segunda fase da “Operação Periferia”.
Nesta etapa foram inoculadas mais 1.955 pessoas.
“O processo de vacinação decorreu de forma célere, com uma capacidade de 150 inoculações/hora pela equipa da Unidade de Saúde da Ilha de Santa Maria, com o apoio de cinco enfermeiros da Ordem dos Enfermeiros”, refere a nota, acrescentando que a operação contou ainda com o “apoio de dois médicos, reformados, que se voluntariaram para apoiar o processo, a PSP, Exército, Bombeiros Voluntários, Câmara Municipal de Vila do Porto, Juntas de Freguesia e entidades privadas”.
A “Operação Periferia” foi lançada pelo Governo Regional para assegurar a vacinação em massa nas Flores, São Jorge, Graciosa, Pico e Santa Maria, ilhas sem hospital.
A mais pequena ilha açoriana, o Corvo, já tinha sido alvo de um processo de vacinação em fevereiro e março, que permitiu inocular 89% da população vacinável, segundo os dados da Autoridade de Saúde.
De acordo com a nota, na sexta-feira, no sábado e no domingo passados foram administradas na região 7.629 doses de vacinas e “terminaram o seu esquema vacinal 3.916 pessoas”.
O arquipélago conta presentemente com 291 casos positivos ativos, sendo 281 em São Miguel, cinco no Faial, dois na Graciosa, um na Terceira, um em São Jorge e um em Santa Maria.
LUSA/HN
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