Serra Leoa anuncia recolher obrigatório a partir da próxima semana

2 de Julho 2021

A Serra Leoa, atingida como outros países africanos por uma preocupante terceira vaga de Covid-19, será novamente sujeita a um recolher obrigatório a partir de segunda-feira e durante um mês, anunciou o Presidente, Julius Maada Bio.

O recolher obrigatório estará em vigor em todo o território deste país da África Ocidental entre as 23:00 e as 05:00 locais (00:00 e 06:00 de Lisboa), especificou o Presidente, num discurso televisivo difundido na noite de quinta-feira e citado hoje pela agência France-Presse (AFP).

Segundo o chefe de Estado, os cultos religiosos em igrejas, mesquitas e templos estarão também suspensos durante um mês, a partir de hoje.

Bares e restaurantes terão de encerrar às 21:00 e eventos sociais, como casamentos e funerais, não serão autorizados a contar com mais de 50 pessoas.

“Acreditamos ser urgente e necessário tomar estas medidas para conter esta terceira vaga da pandemia de Covid-19”, afirmou.

Com 5.652 casos e 102 mortes registadas oficialmente desde março de 2020, a Serra Leoa, que conta com uma população de 7,5 milhões de pessoas, é menos afetada pela pandemia que outras partes do mundo.

No entanto, a taxa de infeção acelerou nas últimas semanas com mais de 1.500 novos casos no último mês.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na quinta-feira que a situação é preocupante em África, onde o número de casos “está a aumentar a um ritmo alarmante, quebrando todos os recordes estabelecidos pelos picos anteriores”.

Segundo o Presidente, 72% das camas nos centros de saúde estão atualmente ocupadas, depois de a contagiosa variante delta ter sido detetada no país.

A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 3.957.862 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 182,5 milhões de casos de infeção, segundo o balanço mais recente feito pela agência francesa AFP.

De acordo com os dados mais recentes do África CDC, o continente totaliza mais de 5,5 milhões de casos de Covid-19 desde o início da pandemia, ultrapassando as 142.000 mortes.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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