“Eu, em matéria de remodelação, a única que estou a ver é a da fachada deste edifício da sede do Partido Socialista”, que se “trata de um exemplar muito valioso do património material de Lisboa”, afirmou Carlos César, numa referência à intervenção que está a decorrer no local.
Falando aos jornalistas no final da reunião de hoje da Comissão Nacional do PS, o presidente do partido afirmou não ter “nenhum comentário especial a fazer sobre remodelações em concreto, e muito menos conjeturas sobre o que pensa ou não o senhor primeiro-ministro sobre esses assuntos”.
Apontando que “o Governo está a governar numa fase, aliás, muito difícil e muito complexa do ponto de vista social, do ponto de vista económico, do ponto de vista sanitário”, marcada por “uma grande incerteza”, Carlos César sublinhou que “a função do Governo é concentrar-se justamente nessa dificuldade e em transmitir maior confiança”.
“Apoiando por um lado os agentes económicos e as empresas que continuam a ser prejudicados por esta situação pandémica, dando tranquilidade às famílias, assegurando que o Serviço Nacional de Saúde dê uma resposta adequada a todas as necessidades e fazendo tudo aquilo que for possível para que a normalidade seja minimamente reposta e para que a nossa economia e a nossa sociedade possam funcionar com maior normalidade”, elencou.
O primeiro-ministro, António Costa, disse, em entrevista ao jornal Público divulgada hoje, que “não está prevista nenhuma remodelação” do Governo, e defendeu o trabalho dos seus ministros e a estabilidade governativa.
Nos últimos dias, alguns partidos têm defendido a demissão do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
Numa outra entrevista, ao semanário Expresso, publicada na sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou esperar que o PS lhe “permita que acabe” a sua atividade profissional, nos próximos anos, na Faculdade de Economia do Porto.
“Não me imagino a deixar de ter interesse pela política. Mas espero que o PS me permita que acabe a minha atividade profissional na minha profissão, na Faculdade de Economia do Porto. Como os professores universitários só podem dar aulas até aos 70 anos, e eu já tenho 64”, disse Santos Silva, numa entrevista ao semanário Expresso, na resposta à pergunta “como é que projeta o seu adeus à política”.
Num comentário a estas declarações, o primeiro-ministro considerou que Santos Silva ainda tem “uns cinco anos” e que “mesmo o mais frio racionalista tem sempre um momento de ingenuidade quando fala com os jornalistas”.
NR/HN/LUSA
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