Citado em comunicado enviado à Lusa, o presidente da federação, José Morais, alerta que a situação “está a causar problemas graves a 18 Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários [AHBV] do Distrito do Porto”.
“A capacidade para suportar os custos dos transportes, sem que os mesmos sejam atempadamente ressarcidos por quem os requisita, chegou ao limite”, notou.
Lembrando que a lei refere que “o pagamento dos serviços efetuados pelas AHBV a entidades públicas deve ser feito no prazo máximo de 45 dias”, José Morais diz que o atraso verificado faz parecer que Centro Hospitalar Tâmega e Sousa (CHTS) “aparenta estar acima da lei”.
No comunicado, a federação revela que “a 11 de março o vogal financeiro do CHTS informou a federação das dificuldades e da previsível demora nos pagamentos”, informação que levou esta “a solicitar uma audiência ao presidente do Conselho de Administração, Dr. Carlos Alberto Silva que esbarrou num muro de silêncio até à presente data”.
Considerando-a “uma atitude autista”, diz também José Morais que “condiciona e fragiliza a já difícil gestão das associações humanitárias”, uma vez que o hospital “não paga há sete meses”.
O montante em dívida, frisou o presidente da federação, “é de 560.827 euros”, tendo o levantamento dos “valores em dívida sido efetuado junto das associações de Penafiel, Paredes, Entre-os-Rios, Cête, Baltar, Freamunde, Paços de Ferreira, Paço de Sousa, Lordelo, Rebordosa, Lixa, Felgueiras, Amarante, Marco de Canavezes, Lousada, Baião, Vila Meã e Santa Marinha do Zêzere”.
Neste contexto, acrescentou, as associações estão a “ponderar deixar de prestar serviço de transporte de doentes não urgentes” para aquele centro hospitalar, uma medida extrema que “querem evitar a todo o custo”, sublinhou o responsável, apelando para que a dívida “seja rapidamente regularizada”.
Contactado pela Lusa, o CHTS respondeu “estar, em articulação com a tutela, a tentar encontrar uma solução para o problema”.
LUSA/HN
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