Numa nota publicada no ‘site’ da Universidade do Porto, o ISPUP afirma hoje que o projeto, intitulado UNITE4TB e lançado este mês, pretende “marcar uma nova era no tratamento da tuberculose”.
Ao longo dos próximos sete anos, as 30 instituições de 13 países da União Europeia que constituem o consórcio vão unir esforços para promover a criação de novos medicamentos para “tratar ou prevenir infeções bacterianas resistentes”.
Entre as instituições encontram-se a Universidade de Oxford, a Lancaster University, Universidade de Hamburgo, Universidade de Milão, a Radboud University Medical Center, o Research Center Borstel e a London School of Hygiene & Tropical Medicine.
O objetivo é “encontrar novos fármacos que sejam capazes de tratar os doentes com tuberculose multirresistente de forma eficaz, acessível e rápida”.
Na publicação, o instituto da Universidade do Porto lembra que a tuberculose multirresistente é considerada “um desafio de saúde pública” ao ser resistente pelo menos a dois medicamentos antituberculosos cruciais para o tratamento da doença (a isoniazida e a rifampicina).
“A falta de opções terapêuticas compromete o controlo da doença e a cura dos doentes infetados, dificultando a interrupção da cadeia de transmissão”, salienta.
No âmbito do projeto, os investigadores do ISPUP vão, sob orientação da investigadora e médica Raquel Duarte, liderar as atividades de “implementação, divulgação e comunicação” do projeto em colaboração com outros parceiros do consórcio.
Citada na publicação, a investigadora salienta que os vários parceiros “trabalharão em conjunto para realizar novos ensaios clínicos que irão acelerar o desenvolvimento de soluções terapêuticas para a tuberculose sensível e multirresistente”.
“O ISPUP assumirá um papel de relevo no consórcio, enquanto responsável pela área da divulgação e comunicação, ajudando a levar o conhecimento produzido aos vários parceiros do projeto e à comunidade”, acrescenta Raquel Duarte.
Financiado em 185 milhões de euros pelo programa Horizonte 2020, o projeto integra instituições académicas, pequenas e médias empresas, organizações públicas e farmacêuticas.
Do orçamento global do projeto, o ISPUP vai receber cerca de 616 mil euros.
LUSA/HN
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