Transformar uma descoberta científica numa empresa de sucesso ou ajudar a que uma ideia de um jovem aluno se transforme num negócio são alguns dos objetivos dos projetos da Nova, criados a pensar nos estudantes, professores e investigadores para que o conhecimento gerado dentro da instituição se transforme numa start-up.
Um estudante da NOVA IMS, curso de Business Inteligence, foi apoiado com 100 mil euros para criar um negócio de Big Data e, em menos de três anos, a empresa Bild Analytics está a faturar um milhão.
Um outro jovem decidiu, juntamente com uma investigadora, criar uma empresa que desenvolve medicamentos para tratamentos oncológicos. A CellmAbs, cujo CEO era de Direito e decidiu mudar de vida e estudar Saúde e Bioquímica está hoje à frente de uma empresa que conta com um investimento de quase 2 milhões de euros.
Estes foram dois dos exemplos de sucesso de start-up nascidas na NOVA recordados pela Pró-Reitora Isabel Rocha em declarações à Lusa.
“A Nova estimula a criação de novas empresas spin-off, mais direcionadas para investigadores e docentes”, que surgem do conhecimento que é gerado dentro da Universidade, sublinhou a pró-reitora.
As novas empresas são das mais variadas áreas, além da CellmAbs e da Bild Analytics, há quem se tenha dedicado ao desenvolvimento de soluções para o tratamento de águas residuais e valorização de resíduos (AquaInSilico), quem tenha criado uma start-up a pensar na salvaguarda da arte moderna e contemporânea (Neon Art Conservation) ou uma plataforma de nanotecnologia para diagnóstico molecular (Nano4Global).
Existem, atualmente, na universidade perto de 100 startups ativas criadas nos últimos 15 anos, sendo que 39 têm menos de seis anos de vida, segundo dados do gabinete de imprensa da NOVA.
Estas jovens empresas nasceram da criatividade e trabalho de estudantes, investigadores ou ex-alunos, que conseguiram um investimento superior a 500 milhões de euros.
Isabel Rocha explicou que para os estudantes de Licenciatura e Mestrado existe a disciplina Starters Academy, que os ajuda a criarem a sua própria start-up.
Já a pensar nos investigadores, docentes e estudantes de doutoramento foi criado o programa Sciencepreneur, para que consigam adquirir conceitos básicos e compreender como podem gerar valor a partir das suas investigações.
A universidade promove também uma ligação entre os futuros empresários e quem os pode ajudar a transformar as suas ideias em algo com impacto económico e social: A “Rede de Mentores” surgiu em 2019 e conta com cerca de 30 especialistas de diferentes áreas do conhecimento, incluindo empreendedores, consultores e capitalistas de risco para ajudar a desenvolver as suas ideias de negócios.
Há depois um conjunto de concursos de ideias, como o Stage Two, que é a primeira competição europeia das melhores start-ups criadas nos ecossistemas universitários.
Esta rede reúne centros de excelência em empreendedorismo, com o objetivo de fomentar e apoiar alunos e investigadores a transformar as suas ideias em negócios, ligando os fundadores de startups além-fronteiras e dando acesso aos mercados internacionais.
Segundo o gabinete de imprensa da NOVA, nos últimos cinco anos, cerca de dez mil alunos estiveram envolvidos em atividades de formação para o empreendedorismo e concursos de ideias.
LUSA/HN
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