Com o objetivo de sensibilizar para o impacto significativo que a perda de visão causada pela DMI pode ter nos mais velhos, a dias do Dia dos Avós, que se assinala no próxima segunda-feira, dia 26, o GER pergunta: “Já imaginou se deixasse de ver os seus netos?”.
A DMI é uma doença ocular em que a visão central é gradualmente destruída, e tarefas simples, como reconhecer rostos, ler e conduzir, podem tornar-se difíceis ou impossíveis. Esta é uma doença progressiva, associada ao envelhecimento e que pode levar a uma perda irreversível de visão se não for tratada, sendo a principal causa de cegueira nos países desenvolvidos.
Apesar de ser uma doença que causa danos irreversíveis, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem retardar muito a sua progressão e, em alguns casos, melhorar a visão, por isso é essencial aumentar o conhecimento da população, sublinha o GER.
A DMI, nas fases precoce e intermédia, durante muito anos, pode ser praticamente impercetível para os doentes, podendo originar sintomas leves ou ser assintomática. A forma exsudativa é particularmente grave, uma vez que o doente pode notar as imagens distorcidas e perder a visão de leitura num dos olhos ou nos dois num período relativamente curto de tempo. Neste sentido, as pessoas com 50 ou mais anos que sintam alguma alteração na sua visão, ainda que ligeira, devem consultar um oftalmologista, bem como realizar exames oftalmológicos sistemáticos, sobretudo se houver fatores de risco presentes – para além da idade, considera-se o histórico familiar e o tabagismo.
Ângela Carneiro, presidente do GER e oftalmologista, citada no comunicado, refere que, em Portugal, “existe um grande desconhecimento sobre esta doença que nem sempre é identificada a tempo, e por isso, aumentar a educação e a sensibilização da população para a DMI é essencial para conseguir a deteção precoce e o tratamento adequado para retardar a perda de visão e por sua vez melhorar a qualidade de vida destes doentes”.
“Acreditamos que através de uma comunicação mais emocional dirigida aos avós e netos, demonstrando os perigos inerentes à DMI – como a perda parcial ou total da visão – vamos conseguir aumentar a consciencialização dos principais sintomas e desta forma trabalhar no diagnóstico e tratamento precoces”, acrescenta Ângela Carneiro.
Se não for diagnosticada ou tratada, a DMI pode: aumentar o risco de ferimentos e mortalidade; levar à necessidade de cuidados de suporte; exacerbar as dificuldades associadas a outras comorbilidades, como a perda de audição; comprometer a qualidade de vida de forma genérica.
Em Portugal, estima-se que esta doença afete cerca de 85 mil pessoas; no mundo, 8,7% da população. Prevê-se que em 2050 a DMI atinja 46,9 milhões de pessoas em todo o mundo.
Mais informações em https://www.ger-portugal.com/index.
PR/HN/Rita Antunes
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