Caso não sejam vacinados, os funcionários federais terão de cumprir várias medidas restritivas, nomeadamente serão obrigados a usar a máscara de proteção individual de forma contínua, mesmo em zonas onde a incidência de transmissão do novo coronavírus é baixa, e terão de ser submetidos a testes de diagnóstico de forma regular, uma ou duas vezes por semana, segundo precisou a Presidência norte-americana num comunicado.
A mesma nota informativa referiu que os movimentos de circulação dos funcionários federais não vacinados também serão abrangidos por limites.
Apesar de não impor a obrigatoriedade da vacinação, estas medidas representam uma mudança de rumo da administração de Joe Biden, que, até à data, tinha insistido na promoção do princípio da responsabilidade individual de cada cidadão e em mensagens de encorajamento.
A estrutura do Governo federal norte-americano emprega quatro milhões de pessoas, incluindo dois milhões de civis.
No que diz respeito aos militares, o Presidente norte-americano pede ao exército que avalie, “como e quando”, a introdução da vacina anti-covid na lista de vacinas obrigatórias para os respetivos efetivos.
Ainda para impulsionar a vacinação no país, o líder norte-americano propõe às autoridades locais que paguem 100 dólares (cerca de 84 euros) a qualquer pessoa que se deixe vacinar, esclarecendo que tal medida irá utilizar os fundos de emergência disponibilizados para lidar com a atual pandemia.
Este conjunto de medidas surge num momento em que os EUA estão a testemunhar um crescimento de novos casos da doença Covid-19 e que as autoridades tentam gerir a progressão no país da variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2, identificada como mais transmissível e mais resistente, ao mesmo tempo que a campanha de vacinação nacional estagnou.
Tentar sensibilizar os norte-americanos que se recusam a ser vacinados ou que mostram alguma relutância em serem inoculados tem sido outro dos esforços das autoridades.
A pandemia de Covid-19 provocou pelo menos 4.190.383 mortos em todo o mundo, entre mais de 195,8 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Os EUA continuam a ser o país mais afetado a nível global, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 611.801 mortes entre 34.672.829 casos recenseados, segundo a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
LUSA/HN
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