Nigéria combate surto de cólera no norte do país com ajuda da OMS

3 de Agosto 2021

As autoridades nigerianas e as entidades de saúde internacionais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), lutam contra um grande surto de cólera na zona norte da Nigéria, informaram segunda-feira fontes da Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com os últimos dados publicados pelo Nigeria Center for Disease Control (Centro de Controlo de Doenças da Nigéria, em tradução simples), entre 19 e 25 de julho, o número total de casos suspeitos de cólera atinge os 27.186.

A doença, segundo a agência de notícias EFE, foi detetada em pelo menos 22 dos 36 estados nigerianos e as mortes poderão ter chegado às 653.

Entretanto, o surto está concentrado principalmente na parte norte do país africano, com o epicentro no estado de Bauchi, que regista cerca de nove mil casos.

“Numa tentativa de conter o atual surto de cólera no estado de Bauchi e possivelmente na área geopolítica do nordeste da Nigéria, a OMS, em colaboração com as autoridades de saúde de Bauchi, implementou a vacina oral contra a cólera, com outras medidas de controlo comunitário para parar a transmissão da doença”, assinalou hoje a OMS, em comunicado.

No total, cerca de 700 mil pessoas foram vacinadas no primeiro ciclo de uma campanha de vacinação rápida, que terminou em 28 de julho e terá uma segunda ronda em 15 dias.

O primeiro caso confirmado do surto na zona norte do país foi conhecido em 24 de abril, uma mulher, de 37 anos, da cidade de Ningi.

A cólera é uma doença com tratamento que provoca vómitos e diarreias graves, podendo ser fatal se não for tratada a tempo.

A OMS estima que haja entre 1,3 e quatro milhões de casos e cerca de 21 mil a 143 mil mortes em todo o mundo, anualmente.

O país mais populoso de África também luta atualmente contra o início da sua terceira vaga de Covid-19, que já registou cerca de 174 mil casos de infeção e 2.149 mortes.

Paralelamente, a Nigéria vive a partir de hoje uma greve nacional de médicos (que estão a especializar-se) dos hospitais públicos, protestando contra o atraso do pagamento de salários.

LUSA/HN

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