De acordo com os últimos dados publicados pelo Nigeria Center for Disease Control (Centro de Controlo de Doenças da Nigéria, em tradução simples), entre 19 e 25 de julho, o número total de casos suspeitos de cólera atinge os 27.186.
A doença, segundo a agência de notícias EFE, foi detetada em pelo menos 22 dos 36 estados nigerianos e as mortes poderão ter chegado às 653.
Entretanto, o surto está concentrado principalmente na parte norte do país africano, com o epicentro no estado de Bauchi, que regista cerca de nove mil casos.
“Numa tentativa de conter o atual surto de cólera no estado de Bauchi e possivelmente na área geopolítica do nordeste da Nigéria, a OMS, em colaboração com as autoridades de saúde de Bauchi, implementou a vacina oral contra a cólera, com outras medidas de controlo comunitário para parar a transmissão da doença”, assinalou hoje a OMS, em comunicado.
No total, cerca de 700 mil pessoas foram vacinadas no primeiro ciclo de uma campanha de vacinação rápida, que terminou em 28 de julho e terá uma segunda ronda em 15 dias.
O primeiro caso confirmado do surto na zona norte do país foi conhecido em 24 de abril, uma mulher, de 37 anos, da cidade de Ningi.
A cólera é uma doença com tratamento que provoca vómitos e diarreias graves, podendo ser fatal se não for tratada a tempo.
A OMS estima que haja entre 1,3 e quatro milhões de casos e cerca de 21 mil a 143 mil mortes em todo o mundo, anualmente.
O país mais populoso de África também luta atualmente contra o início da sua terceira vaga de Covid-19, que já registou cerca de 174 mil casos de infeção e 2.149 mortes.
Paralelamente, a Nigéria vive a partir de hoje uma greve nacional de médicos (que estão a especializar-se) dos hospitais públicos, protestando contra o atraso do pagamento de salários.
LUSA/HN
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