“Queremos priorizar e queremos acelerar o processo de vacinação nesta faixa etária e vacinar o mais rapidamente possível os adolescentes e jovens”, disse aos jornalistas Ana Gouveia, coordenadora dos Centros de Vacinação do arquipélago.
O segundo ‘open day’ para este escalão etário começou às 09:00 e prolonga-se até às 18:00, no Centro de Vacinação do Funchal, instalado no Madeira Tecnopolo, mas, ao contrário do que aconteceu no sábado, hoje não se formaram longas filas de espera e o processo decorre com fluidez.
“Correu maravilhosamente bem, foi rápido, foi melhor do que eu esperava”, disse à agência Lusa Eva Baptista, de 14 anos, que se deslocou ao centro de vacinação acompanhada pela mãe.
A jovem realçou que não teve receio, vincando que já queria ser vacinada contra a Covid-19 há algum tempo e que agora se sente “completamente mais segura”.
“Acho que é um dever de todos serem vacinados e eu gostei de fazer a minha parte”, disse, contando logo com o apoio da mãe, Sónia Xavier, para quem a vacinação é “importante por todos e para todos.”
“Ficamos mais seguros”, disse.
As autoridades regionais estimam inocular cerca de 20 mil jovens e adolescentes para permitir o início do novo ano letivo em segurança, sendo que a vacina utilizada nesta faixa etária é a da Pfizer.
“Estamos muito orgulhosos por os nossos jovens estarem a aderir tão bem a esta vacinação e dos pais que os aconselham”, afirmou Ana Gouveia.
A coordenadora dos Centros de Vacinação disse que, no total, já foram inoculados 1.860 jovens e adolescentes, dos quais 1.200 no primeiro ‘open day’.
As autoridades de saúde marcaram para sexta-feira mais um ‘open day’ para este escalão etário, mas o processo decorre também em qualquer dia da semana nos 11 concelhos da região, com ou sem agendamento prévio, e sempre na presença de um tutor legal.
“Aconselho as pessoas a tomar a vacina, não custa mesmo nada”, disse à Lusa Afonso Matias, 16 anos, acrescentando: “Não vale mesmo a pena estar nervoso. Não se sente nada e sinto-me agora mais seguro.”
Ao lado, o pai, Paulo Bettencourt, reforça que a vacinação contra o SARS-CoV-2 é “um dever”.
“Não hesitei”, disse. E explicou: “A família decidiu que deveria ser assim. Eu também já fui vacinado, acho que é importante. Toda a população deveria ajustar-se à vacinação, se não nunca mais acabamos com este problema”.
Iara Beatriz, de 16 anos, é da mesma opinião: “Temos de optar pela nossa saúde e pela saúde pública”, afirmou, vincando que a toma da vacina é “fácil e nada dolorosa”.
Ao lado, Leonor Mota, de 15 anos, esclarece que “é só uma picadinha”.
“Acho que é bastante importante as pessoas manterem a segurança e assim vamos acabar com o vírus”, salientou, manifestando-se “completamente preparada” para a segunda dose.
Maria João, mãe de Leonor e madrinha de Iara, complementa o discurso das jovens: “Todos nós devemos lutar no mesmo sentido, no mesmo rumo, e é este, o que fizemos hoje”.
E reforçou: “Aqui [na Madeira], ao contrário do continente, há uma transmissão de segurança e há um consenso sobre a vacinação”.
De acordo com os dados mais recentes da Direção Regional de Saúde, a Madeira, com cerca de 250 mil habitantes, já administrou 305.773 vacinas contra a covid-19 desde dezembro de 2020, sendo que 56% da população residente tem já a vacinação completa e 69% vacinação iniciada, num total elegível de 175 mil utentes.
LUSA/HN
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