“É com grande satisfação que lançamos um programa que pretende ser fonte de inspiração, de encorajamento e de estímulo em favor de cidadanias e comunidades alimentares mais informadas, ativas, participativas e organizadas, com destaque para o papel das autoridades locais, bem como para a necessidade de envolver a juventude e para o dever de inclusão dos grupos femininos e dos grupos portadores de incapacidades”, disse Taur Matan Ruak.
“Queremos cidadanias e comunidades mais conscientes do seu dever e responsabilidade, em apoiar os esforços nacionais de eliminar a fome e os maus hábitos de nutrição, promovendo a sua participação efetiva no Plano Nacional de Segurança Alimentar”, disse Taur Matan Ruak.
“Desejamos promover a inovação, a criatividade e o empreendedorismo, envolvendo todos os parceiros de desenvolvimento na implementação do plano e das diferentes medidas de combate à fome e à subnutrição”, referiu.
O chefe do Governo mostrou-se otimista que a iniciativa contribua para melhorar os processos de produção, distribuição e armazenamento de alimentos, “fomentando a curva decrescente das taxas de subnutrição nacionais, que em 2010 afetava 58% da população e que em 2020 ainda afetava 48%” da população do país.
A iniciativa, que representa o renascer do antigo Prémio Presidencial de Nutrição – implementado entre 2014 e 2017 durante o mandato do próprio Taur Matan Ruak como Presidente da República –, vai ser implementada pelo Secretariado Nacional do SUN Movement das Nações Unidas em colaboração com os membros da Comissão Interministerial de Segurança Alimentar (Konssantil na sua sigla em tétum), sob liderança do ministro da Agricultura e Pescas.
Conta com o apoio financeiro de 100 mil dólares (86 mil euros) do Programa de Alimentação Mundial (WFP) e com os apoios técnicos dos Parceiros de Desenvolvimento, nacionais e internacionais, em especial do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e do Departamento de Assuntos Externos da Austrália (DFAT).
O prémio faz parte, sublinhou o chefe do Governo, do programa do executivo combater a má nutrição e a fome no país e insere-se nos esforços conjuntos desenvolvidos com as Nações Unidas através do “Movimento SUN”.
Timor-Leste juntou-se em outubro ao “Movimento SUN”, uma iniciativa internacional de promoção de melhor nutrição e que nasceu de “um reconhecimento global crescente dos problemas de subnutrição e com as preocupações pelo facto de o sistema internacional não estar a conseguir lidar com o problema de forma eficaz”.
A ideia surgiu na sequência da criação em 2008 de um grupo de trabalho de alto nível das Nações Unidas sobre segurança alimentar e nutricional, a que se seguiu o Consenso de Copenhaga que reiterou a importância da nutrição para o desenvolvimento.
O assunto marcou a agenda de uma cimeira mundial em 2009, gerando um primeiro movimento que teve o apoio de 80 instituições internacionais. O processo foi formalizado em movimento global em 2012.
O Prémio Nacional de Nutrição pretende “promover os melhores exemplos e práticas internacionais, demonstrando que os métodos mais avançados, podem e devem ser adaptados à realidade timorense”.
LUSA/HN
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