Governo dos Açores mantém “esforço” até atingirem 85% da população vacinada

27 de Agosto 2021

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, disse esta sexta-feira que o executivo vai prosseguir com o “esforço” e manter “toda a capacidade instalada” até a região atingir os 85% da população vacinada contra a Covid-19.

O líder do Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP/PPM falava hoje no Palácio de Sant’Ana, sede da presidência do executivo, em Ponta Delgada, após uma reunião com Gustavo Tato Borges, que lidera a Comissão de Acompanhamento de Luta contra a Pandemia nos Açores, cuja extinção já foi anunciada.

“Vamos continuar com o esforço até atingirmos este objetivo que o doutor Tato Borges aqui reforçou dos 85% [da população vacinada]. Toda a capacidade instalada manter-se-á até atingirmos este objetivo”, declarou.

José Manuel Bolieiro frisou que, só “depois desse objetivo alcançado”, é que se poderá pensar num “regresso à normalidade”.

“Não faremos desmantelamento da capacidade instalada sem uma atenção específica a cada realidade e a cada ilha para atingirmos estes objetivos” de vacinação, disse.

O presidente do Governo Regional destacou ainda que atualmente o arquipélago tem uma taxa de vacinação completa contra a Covid-19 de 71,2%.

Na ilha de Santa Maria a percentagem de pessoas com a vacinação completa é de 80%, em São Miguel e na Terceira é de 70%, na Graciosa é de 77%, em São Jorge e no Pico de 78%, no Faial de 74%, no Corvo 87% e nas Flores de 69%.

Antes das declarações do líder do executivo regional, Gustavo Tato Borges apelou aos açorianos para manterem as medidas de controlo da pandemia de Covid-19 e definiu o objetivo de atingir 85% da população vacinada nos Açores.

“Só quando 85% da região autónoma estiver completamente vacinada vai ser possível aliviar muitas das medidas que ainda existem, como o uso da máscara”, apontou.

Na quinta-feira, o Governo dos Açores anunciou que vai extinguir, a partir de 01 de setembro, a Comissão de Acompanhamento da Luta Contra a Pandemia da Covid-19 por entender que se encontra cumprida a sua missão.

Tato Borges disse sair por “motivos familiares” e manifestou “gratidão” a todas as pessoas que “trabalharam diretamente” para conseguir que o controlo da pandemia na região fosse um “sucesso”.

“Saio daqui com a noção de que o trabalho desenvolvido proporcionou um sucesso e um controlo da pandemia que não existe semelhante em outra região do país”, salientou.

O médico especialista em saúde pública reforçou ainda que existe a “perspetiva de em outubro ou novembro” vacinar com a terceira dose da vacina contra a Covid-19 os “grupos prioritários na vacinação, como os idosos ou pessoas com comorbidades associadas”.

José Manuel Bolieiro elogiou também o trabalho de “excelência” realizado pela Comissão de Acompanhamento de Luta Contra a Pandemia.

O presidente do executivo açoriano disse ainda que já está a ser “trabalhada” a “criação de uma Autoridade Regional de saúde pública” com “total independência”, uma vez que atualmente a Autoridade de Saúde faz parte da orgânica do Governo Regional.

“O nosso caminho é o de começar já, designadamente disputando o bom funcionamento de uma coordenação regional de saúde pública, que possa assumir deste logo estes poderes de autoridade. Garantido por isso essa independência e, sobretudo, a ciência ao serviço das boas decisões políticas”, afirmou.

O arquipélago regista atualmente 281 casos ativos de Covid-19: 242 em São Miguel, 15 na Terceira, 10 na Graciosa, sete no Faial, quatro no Pico e três em São Jorge.

Desde o início da pandemia foram diagnosticados nos Açores 8.641 casos de Covid-19, tendo recuperado da doença 8.153 pessoas e falecido 41.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.472.486 mortes em todo o mundo, entre mais de 214,5 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.703 pessoas e foram contabilizados 1.030.791 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

LUSA/HN

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