“Em janeiro comprometemo-nos a atingir o objetivo de vacinar totalmente 70% da população adulta da UE contra a Covid-19 até ao final do verão e hoje podemos orgulhar-nos de que a nossa estratégia de vacinação tenha permitido cumprir este objetivo, com a plena participação dos Estados-membros e dos cidadãos”, anuncia a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, numa declaração enviada à agência Lusa.
Para a responsável, este é “um marco importante nos esforços para pôr fim à pandemia que perturbou sociedades e economias e custou tantas vidas”.
Porém, “não podemos ficar por aqui”, salienta Stella Kyriakides, vincando que “as novas variantes tornam necessário ir além dos 70% para garantir segurança”.
“Temos de estar um passo à frente. Temos de abordar urgentemente a preocupante lacuna nas taxas de vacinação entre os nossos Estados-membros e estar prontos para implementar vacinas de reforço se as provas científicas demonstrarem que este é o caminho a seguir”, acrescenta a comissária europeia da tutela, numa alusão à possível administração da terceira dose da vacina anticovid-19 (em ciclos de vacinação de duas), já admitido por países como Portugal para as pessoas mais vulneráveis.
Segundo Stella Kyriakides é ao mesmo tempo necessário “continuar a aumentar a sensibilização, combatendo a desinformação, e mobilizar todos os cidadãos para este esforço global sem precedentes”, dado estar comprovado que “as vacinas estão a salvar vidas todos os dias em todos os Estados-membros”.
Ainda assim, “a vacinação por si só não pode acabar com a pandemia, [pelo que] precisamos de continuar a manter-nos mutuamente seguros e fechar as portas às variantes”, adianta a responsável.
Aqui entra a “solidariedade em matéria de vacinas”, que Stella Kyriakides diz ser e assim continuará uma “marca registada” da UE, nomeadamente através da exportação de vacinas no âmbito do mecanismo Covax.
Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas anticovid-19 pelo regulador da UE: a Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech), Spikevax (nome comercial da vacina da Moderna), Vaxzevria (novo nome do fármaco da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson).
Inicialmente, a campanha de vacinação da UE foi marcada por atrasos na entrega das vacinas e em quantidades aquém das contratualizadas por parte da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, bem como pela deteção de casos raros de efeitos secundários como coágulos sanguíneos após toma deste fármaco e do da Johnson & Johnson.
Também anunciando o cumprimento desta meta, através da rede social Twitter, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforça ser necessário “ir mais longe”.
“Precisamos de mais europeus para vacinar e também precisamos de ajudar o resto do mundo a vacinar-se”, adianta a líder do executivo comunitário, prometendo que a UE irá “continuar a apoiar os [seus] parceiros”.
Antes, no final de julho, a UE chegou ao marco dos 70% de adultos vacinados com a primeira dose contra a Covid-19, em linha com o ambicionado pela Comissão Europeia.
LUSA/HN
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