Utentes de Vila Franca de Xira desesperam com falta de resposta dos cuidados primários

10 de Setembro 2021

Os munícipes de Vila Franca de Xira confrontaram ontem, na sessão ordinária da Assembleia Municipal, o autarca Alberto Mesquita (PS) com a falta de resposta da Unidade de Saúde Familiar Terras de Cira, a todos os níveis de cuidados de saúde.

Helena Nogueira (na imagem), em nome de um grupo que se está a organizar como Comissão de Utentes, que vêm denunciando o problema deu voz às queixas da população. “Estou aqui para dar voz ao descontentamento geral da população de Vila Franca de Xira. Não temos acesso ao centro de saúde – ou USF – como lhe queiram chamar para consultas, marcações, etc.. Temos oito médicos – onde estão? – porque não fazem consulta, não respondem a telefones nem a E-mails. Temos conhecimento de situações muito graves que não tiveram qualquer resposta do centro de saúde”. Segundo Helena Nogueira, nem a renovação de receituário para doentes com doenças crónicas está a ser feita. Pior, há casos de agressividade por parte dos seguranças da unidade de saúde quando confrontados com utentes que tentam entregar as listas de medicamentos de que necessitam. Aliás, referiu a exponente, os doentes são proibidos de entrar na USF pelos seguranças. “Por mais que questionemos o centro de saúde não nos dá resposta, reforça Helena Nogueira. Em resposta, Alberto Mesquita afirmou conhecer o problema e de já ter sido confrontado com utentes insatisfeitos com a falta de resposta, corroborando ainda a acusação de agressividade testemunhada à porta da USF e lamentando o facto de o equipamento, construído com verbas municipais, não estar a cumprir a missão para o qual foi criado. “Construímos um bom equipamento e nunca nos passou pela cabeça que houvesse, por parte de quem tem este tipo de atitudes as tivesse”, acusou. Para o autarca, que afirmou já ter enviado uma carta denunciando a situação à Ministra da Saúde, “quem tem responsabilidades na área da saúde deve estar – no momento em que vivemos, ainda mais presente do que o habitual”. “O médico não se pode escudar na falta de um assistente técnico para não fazer consultas, como atualmente acontece. Referindo-se concretamente ao caso do doente agredido, Alberto Mesquita afirmou eu já conhecia a situação e que quando o próprio utente lhe relatou o episódio “nem queria acreditar que pudesse ser verdade”. Mas foi, como lho corroboraram outros utentes.

veja o vídeo aqui

 

HN/MMM

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