Autoridades atualizam dados e confirmam seis mortos em tiroteio numa universidade russa

20 de Setembro 2021

As autoridades russas declararam esta segunda-feira que seis pessoas morreram num tiroteio ocorrido numa universidade na cidade de Perm, revendo para baixo o número de mortos, segundo o Comité de Investigação da Rússia, citado pela agência de notícias AFP.

“Um estudante num dos prédios da universidade (…) abriu fogo contra as pessoas ao redor. Como resultado, de acordo com dados atualizados, seis pessoas morreram”, disse o Comité, revendo o número anterior de oito mortos.

Segundo a agência de notícias AFP, citando o Comité, um estudante matou seis pessoas e deixou pelo menos 28 feridas na Universidade Estadual de Perm, uma cidade no centro da Rússia, antes de ser ferido por um polícia e detido.

O agressor entrou no campus por volta das 11:00, horário local (07:00 em Lisboa), informou a assessoria de imprensa da universidade.

O autor do homicídio, que “opôs resistência”, também foi ferido durante a sua detenção, acrescentou o Comité, que até ao momento não deu qualquer informação sobre o motivo do seu ato, nem sobre a sua identidade.

Segundo o Comité, o atirador estava munido de uma “espingarda de caça de cano liso” que adquirira no passado mês de maio, ou seja, antes de um endurecimento da legislação sobre o porte de armas na sequência de um anterior tiroteio ocorrido numa escola.

Fugindo do tiroteio, alunos pularam das janelas do primeiro andar de um prédio da universidade, segundo vídeos publicados nas redes sociais.

O porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, disse que Vladimir Putin, que está atualmente em quarentena após a descoberta de um surto de Covid-19 no Kremlin, expressou “as suas profundas condolências” aos familiares das vítimas.

“Ele é claramente um jovem com problemas mentais”, disse Peskov sobre o suspeito.

Incidentes armados desse tipo aumentaram na Rússia nos últimos anos, levando a leis mais rígidas sobre o porte de armas.

No caso anterior desse tipo, em 11 de maio de 2021, um jovem de 19 anos abriu fogo na sua antiga escola em Kazan, na República russa do Tartaristão, também na Rússia central, matando nove pessoas.

LUSA/HN

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