Sobe para 394 o número de mortos na RDCongo devido a inundações

Sobe para 394 o número de mortos na RDCongo devido a inundações

“Há agora mais de 390 corpos encontrados. 142 em Bushushu, 132 em Nyamukubi e 120 acabaram de ser encontrados a flutuar no lago Kivu”, ao nível da ilha de Idjwi, informou uma fonte das autoridades locais à AFP.

Várias aldeias no território de Kalehe, a oeste do Lago Kivu, que marca a fronteira entre a RDCongo e o Ruanda, ficaram submersas e centenas de casas e vários campos devastados quando os rios transbordaram na última quinta-feira, devido à chuva torrencial.

“Desde quinta-feira, encontramos corpos a cada minuto e enterramo-los”, acrescentou a mesma fonte à agência France Presse.

No final do conselho de ministros de sexta-feira foi anunciado o envio de uma “missão governamental para apoiar” as autoridades àquela província “na gestão desta calamidade”.

Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) também anunciaram o envio de uma equipa de emergência para o local, no sábado.

Este desastre ocorreu dois dias depois das fortes chuvas que provocaram pelo menos 131 mortos e destruíram milhares de casas no vizinho Ruanda.

O chefe da ONU, António Guterres, sublinhou no sábado durante uma visita ao Burundi que se trata de “uma nova ilustração de uma aceleração das alterações climáticas e das suas dramáticas consequências para os países que não estão envolvidos no aquecimento global” do planeta.

A África Oriental sofre regularmente inundações durante as estações de chuva, devendo a sua intensidade e frequência continuar a aumentar com as alterações climáticas, de acordo com especialistas em meteorologia.

No início de abril, um deslizamento de terra causado pela chuva matou cerca de vinte pessoas em Kivu do Norte, uma província congolesa vizinha de Kivu do Sul.

Inundações menores também são relatadas no restante da República Democrática do Congo, um país enorme que se estende a oeste até à costa atlântica.

Em Kikwit, por exemplo, capital da província de Kwilu (oeste), uma cheia provocada pela subida do rio Kwilu matou duas pessoas, segundo a sociedade civil, e provocou danos materiais no porto, onde estavam toneladas de milho e mandioca.

Em dezembro, mais de 120 pessoas morreram na capital, Kinshasa, em inundações e deslizamentos de terra causados por chuvas torrenciais.

LUSA/HN

Incêndio ocorrido em hospital de Pequim provoca um total de 29 mortos

Incêndio ocorrido em hospital de Pequim provoca um total de 29 mortos

Doze pessoas foram, entretanto, detidas, na sequência do incêndio, informou a polícia. Entre os detidos estão o diretor do hospital e funcionários da empresa encarregue das obras de reparação do estabelecimento.

A atualização do número de vítimas incluiu uma enfermeira, um médico assistente e o familiar de um paciente, disse Li Zongrong, vice-chefe do distrito de Fengtai.

O incêndio no hospital privado de Changfeng obrigou à retirada de dezenas de pessoas. Alguns dos pacientes e funcionários conseguiram escapar pelas janelas, ao improvisar uma corda feita com lençóis. A causa do incêndio está sob investigação.

Os bombeiros conseguiram apagar as chamas cerca de meia hora depois, embora a operação de resgate tenha durado aproximadamente duas horas.

Incêndios mortais são comuns na China, onde a fraca aplicação das regras de construção e a construção desenfreada não autorizada podem dificultar a fuga das pessoas de prédios em chamas.

Na segunda-feira, pelo menos 11 pessoas morreram, na sequência de um incêndio numa fábrica na cidade de Jinhua, na província de Zhejiang, no leste da China.

LUSA/HN

PR italiano presta homenagem a pessoas que morreram no naufrágio de domingo

PR italiano presta homenagem a pessoas que morreram no naufrágio de domingo

A presença de Sergio Mattarella, a única de um dirigente político do Estado italiano, contrastou com a ausência da primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni (extrema-direita), que iniciou hoje uma visita oficial à Índia.

Mattarella foi recebido no centro desportivo de Crotone, onde foram colocados os caixões, vários deles brancos, de alguns dos menores mortos no naufrágio.

Os moradores desta cidade da região da Calábria saudaram o Presidente com aplausos e exigiram “justiça e verdade” para uma tragédia que pode ultrapassar a centena de mortos.

No centro desportivo, Mattarella permaneceu alguns momentos em silêncio diante dos caixões e manteve depois uma reunião privada em Crotone com os familiares das vítimas, que pediram a repatriação dos corpos para os países de origem ou para onde residem os respetivos parentes.

Os familiares pediram também apoio financeiro para tal, bem como a transferência dos sobreviventes do centro de acolhimento onde se encontram para um local mais adequado e facilitar o reagrupamento familiar.

“Todos os presentes pediram ao Presidente para que tragédias como estas não voltem a acontecer”, disse fonte da organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF), que está a oferecer ajuda psicológica aos sobreviventes.

Matarella também visitou os sobreviventes internados no hospital de Crotone, 15 no total, e deu alguns brinquedos às crianças.

O naufrágio, já sob investigação do Ministério Público italiano, ocorreu na madrugada de domingo passado, quando a barcaça de madeira que transportava entre 180 a 200 migrantes que tinham partido da Turquia, segundo os sobreviventes, afundou na costa da Calábria, num mar muito agitado.

Até agora, foram recuperados 67 corpos de várias nacionalidades, sobretudo afegãos, iranianos, paquistaneses e sírios, enquanto 80 migrantes conseguiram sobreviver. Os restantes, cujo número é ainda incerto, estão considerados desaparecidos.

A nova líder do Partido Democrático (PD) italiano, Elly Schlein, eleita no domingo passado nas primárias da principal força política da oposição, também irá hoje a Crotone para se despedir das vítimas e reunir-se com os sobreviventes, acompanhada por uma delegação de deputados.

LUSA/HN

OMS diz que epidemia de cólera no Malaui já causou 1.210 mortos

OMS diz que epidemia de cólera no Malaui já causou 1.210 mortos

A cólera é endémica no Maláui desde 1998, com surtos durante a estação chuvosa (novembro a maio), mas a atual epidemia propagou-se à estação seca, de acordo com o último boletim epidemiológico da OMS.

O Governo do Maláui declarou a epidemia uma emergência de saúde pública a 05 de dezembro. A OMS está a ajudar as autoridades, nomeadamente fornecendo kits de tratamento e apoiando o aumento das capacidades de rastreio.

Mas, “com um aumento acentuado dos casos no último mês, existe a preocupação de que a epidemia continue a agravar-se na ausência de intervenções fortes”, disse a OMS.

A organização afirmou ser “urgente melhorar o acesso à água segura, ao saneamento e à higiene”. Um dos fatores que contribui para a elevada taxa de mortalidade em Mangochi, Blantyre, Machinga e Lilongwe é a deteção tardia dos casos, uma vez que os doentes se apresentam demasiado tarde nas instalações de saúde, disse a OMS.

A organização considera que o risco de propagação da doença é “muito elevado” a nível nacional e regional.

A epidemia de cólera é a mais mortal neste país pobre da África Austral, que registou 968 mortes em 2001-2002, de acordo com a OMS.

A cólera é contraída através da ingestão de água ou alimentos contaminados com bactérias. Normalmente causa diarreia e vómitos e pode ser muito perigosa para as crianças pequenas.

Até agora, quase três milhões de pessoas foram vacinadas (vacina oral).

Mas alguns malauianos recusam o tratamento por causa de crenças religiosas, o que contribui para a propagação da doença.

O mundo enfrenta um ressurgimento da cólera após anos de declínio, uma doença que está a ser ajudada pelos efeitos das alterações climáticas. Atualmente, 23 países estão a sofrer surtos, e outros 20 países que partilham fronteiras terrestres com países afetados estão em risco, de acordo com a OMS.

Isto limita a disponibilidade de vacinas, testes e tratamentos. A doença ameaça mais de mil milhões de pessoas em todo o mundo, disse na quarta-feira o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A OMS avalia o risco de cólera a nível mundial como “muito elevado” devido aos surtos em curso em muitas áreas.

LUSA/HN

Acidentes rodoviários e mortos registados pela PSP aumentaram em janeiro

Acidentes rodoviários e mortos registados pela PSP aumentaram em janeiro

Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública indica que, em janeiro, na sua área de responsabilidade, os centros urbanos, registaram-se 4.737 feridos graves, que provocaram nove mortos, 77 feridos graves e 1.304 feridos ligeiros.

Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a PSP verificou um aumento de 18% dos desastres, 22% das vítimas mortais e 21% dos feridos graves, enquanto os feridos ligeiros diminuíram 15%.

A PSP destaca também que no primeiro mês do ano foram detidas 409 pessoas por condução sem habilitação legal e 526 por condução sob efeito do álcool, enquanto em janeiro de 2022 esta polícia registou 394 e 440 detenções, respetivamente.

Esta força de segurança dá ainda conta de que, em janeiro, multou 514 condutores que estavam a conduzir sob o efeito do álcool.

Também no passado mês de janeiro, a PSP detetou 5.586 automobilistas em excesso de velocidade, mais 218 do que em igual período de 2022.

“A condução em excesso de velocidade e sob a influência do álcool tem implicações diretas no controlo das viaturas e no aumento da distância de reação e de travagem, traduzindo-se num aumento da distância necessária para parar um veículo em segurança e numa diminuição da probabilidade de o condutor conseguir evitar um acidente”, precisa aquela polícia.

A PSP avança que estabelece “como prioridade a fiscalização da condução em excesso de velocidade e sob a influência do álcool e substâncias psicotrópicas”, tendo em conta as implicações diretas na ocorrência de acidentes de viação.

No total, a PSP registou 21.647 infrações em janeiro, 609 das quais por uso do telemóvel durante a condução (+74 face ao mesmo mês de 2022), 368 por não utilização do cinto de segurança (-5), 591 por falta de seguro (+35) e 2.408 sem inspeção periódica obrigatória (+104).

A Polícia de Segurança Pública apela ainda aos condutores para que não adotem comportamentos que possam diminuir as suas capacidades de condução, como conduzir em excesso de velocidade ou sob o efeito do álcool, ou que sejam suscetíveis de causarem distrações, como o uso do telemóvel durante a condução.

LUSA/HN