Parlamento discute urgência de novo centro de saúde na Quinta do Conde

8 de Outubro 2021

O parlamento discutiu esta sexta-feira a necessidade urgente de construção de um novo centro de saúde na freguesia da Quinta do Conde, em Sesimbra (Setúbal), cujo concurso público foi lançado em 28 de setembro.

A necessidade de construção de um novo centro de saúde na freguesia da Quinta do Conde foi hoje discutida na Assembleia da República (AR) no âmbito de uma petição subscrita por 4.143 cidadãos, acompanhada por projetos de resolução apresentados pelo BE, PSD, deputada não-inscrita Cristina Rodrigues, CDS-PP, PCP e Verdes.

Em resposta às propostas, o deputado socialista Ivan Gonçalves assegurou que “já por diversas vezes” tanto o Governo como a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo “afirmaram que consideram este investimento como prioritário na região de Setúbal”.

“Este investimento, que tem um valor de cerca de um milhão de euros e um prazo de execução de 10 meses, tem um concurso público que já foi lançado. Ou seja, aquilo que poderemos assistir, e a expectativa que temos, é que, a breve prazo, a Quinta do Conde possa ter o novo centro de saúde construído”, afirmou o deputado socialista.

O PS considerou que as “expectativas da população são legítimas, mas houve aproveitamento político, o que já não é legítimo, desta aspiração das populações”.

O concurso foi mesmo lançado em 28 de setembro e os projetos de resolução dos partidos foram votados em conjunto, seguindo para discussão na especialidade na Comissão de Saúde, com a abstenção do PS.

Subscritores e os partidos que os acompanham pedem a construção de um novo centro de saúde na freguesia da Quinta do Conde, um território com mais de 33.800 habitantes, dos quais menos de 50% têm médico de família atribuído.

Peticionários e deputados pedem ainda que o novo centro de saúde tenha “um serviço adequado para urgências básicas”, com recursos humanos e técnicos, em funcionamento aos feriados, fins de semana e durante a noite, entre as 20:00 e as 08:00, períodos em que atualmente estes utentes não têm alternativas de proximidade.

Atualmente, os utentes não têm alternativa para casos urgentes, tendo de se deslocar a Sesimbra, que tem urgências até às 21:00, ou a hospitais localizados a mais de 20 quilómetros, em Almada e em Setúbal, estes mesmos já em rutura.

Nos últimos dias, o diretor clínico do Centro Hospitalar de Setúbal pediu demissão, acompanhado por mais 86 médicos, alegando a “situação desesperante e de rutura em vários serviços”.

A Câmara de Sesimbra (PCP) já alocou terrenos para a construção deste novo centro de saúde.

Na Quinta do Conde começou a funcionar, em 2012, um centro de saúde que não tem serviço de urgências e que, já aquando da sua construção, se manifestou com capacidade insuficiente, alertaram os peticionários.

LUSA/HN

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