“Se os programas de vacinação de adultos atingirem o seu potencial máximo, o risco de hospitalização ou morte devido a infeção ou complicações das infeções pode ser reduzido significativamente”, defendeu Francesca Ceddia. A vice-presidente falava no evento virtual “Vacinação na idade adulta e envelhecimento saudável: lições da pandemia”, no dia 22 de setembro, que contou também com a participação de Gayle Davey, da Kantar.
Francesca Ceddia lamentou que os programas de vacinação de adultos continuem subaproveitados apesar de os benefícios das vacinas serem claros – as vacinas protegem das infeções e das comorbilidades associadas. A vacina da gripe, por exemplo, pode reduzir significativamente o risco de eventos cardiovasculares major e infeção cerebral.
O sucesso da vacinação nas crianças foi outros dos argumentos apresentados pela vice-presidente, que enfatizou que não basta celebrar a longevidade – temos de procurar viver com saúde. Para tal, é preciso cuidar do sistema imunitário, e o tabagismo, o consumo de álcool, a alimentação, a atividade física e a vacinação são fatores que podemos controlar e que influenciam a nossa idade biológica, explicou.
O pico da resposta imunitária atinge-se no início da idade adulta; depois, o sistema imunitário vai enfraquecendo gradualmente (imunossenescência). Contudo, “o sistema imunitário pode ser treinado/otimizado”.
Em relação à vacinação, a resposta “pode ser prejudicada pelo declínio da imunidade relacionado com a idade”, por isso, nos mais velhos, “requer novas estratégicas”, como formulações de vacinas com maior conteúdo de antigénio, formulações de vacinas com adjuvantes e vias de administração alternativas, como a intradérmica.
Em jeito de conclusão, Francesca Ceddia disse que “a imunização de adultos deve ser vista como uma prioridade de saúde pública, como um fator-chave para o envelhecimento saudável”, podendo ainda alavancar a economia.
HN/Rita Antunes
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