Esta comunicação surge no âmbito do Mês da Consciencialização para o Cancro do Fígado, que se assinala em outubro, refere, em comunicado, a APEF.
“O número de casos de cancro do fígado tem vindo a aumentar nos países industrializados, como é o caso de Portugal, sendo cerca de 2,5 vezes mais frequente nos homens. De acordo com os dados da Globocan, de 2018, é o 11.º tipo de cancro mais frequente no nosso país. Representa a 7.ª causa de morte por cancro, vitimando 1372 pessoas por ano. A sua taxa de sobrevivência a cinco anos é inferior a 10 por cento, se não for detetado a tempo. Com a pandemia COVID-19 o número de novos casos diminuiu, por ter havido menor número de diagnósticos”, afirma José Presa, presidente da APEF, citado no comunicado de imprensa.
“É uma doença que pode causar consequências graves, se não for tratada. Contudo, é prevenível, evitável, tratável e, por vezes, até curável”, acrescenta.
De acordo com o médico, os fatores de risco são: infeção pelos vírus das hepatites B ou C; antecedentes familiares; cirrose hepática, que pode ser causada pelo consumo abusivo de álcool; obesidade e diabetes.
“Grande parte dos fatores de risco são modificáveis. Aposte na prevenção, mantenha um estilo de vida saudável, faça exercício físico, beba álcool com moderação, não consuma drogas, não partilhe seringas nem outro tipo de objetos, como sejam os de higiene pessoal, vacine-se contra a hepatite B, use preservativo, lave as mãos com frequência e certifique-se de que a comida que ingere foi devidamente higienizada. É também importante que esteja atento aos sinais e sintomas do seu corpo e que faça exames de rotina, de forma a detetar e tratar precocemente a doença”, conclui o médico.
O cancro do fígado pode ter consequências graves, colocando em causa a função vital deste órgão. Os sintomas são: fadiga sem razão aparente; dor ou desconforto do lado direito do abdómen superior, abaixo das costelas; aparecimento de uma massa do lado direito do abdómen superior; dor na omoplata direita; perda de apetite ou sensação de enfartamento; perda de peso sem razão; náuseas; vómitos e icterícia.
PR/HN/Rita Antunes
0 Comments