União Europaia disponibiliza quase 40 milhões de euros ao Maláui para garantir nutrição e apoio social

26 de Outubro 2020

A União Europeia (UE) vai disponibilizar 39 milhões de euros para assegurar a alimentação e a proteção social no Maláui, em altura de maiores dificuldades devido à pandemia de Covid-19, anunciou esta segunda-feira a Comissão Europeia.

“Como parte da resposta da Equipa Europa à Covid-19 no Maláui, a UE atribuiu 39 milhões de euros para mitigar os efeitos negativos da pandemia”, informa o executivo comunitário em comunicado.

De acordo com Bruxelas, o financiamento irá “abordar as necessidades crescentes das partes vulneráveis da população no domínio da nutrição e proteção social, incluindo mulheres grávidas e crianças”.

Situado no sudeste africano, junto a Moçambique, o Maláui tem uma das mais altas taxas de crescimento demográfico da África Austral, bem como dos mais elevados níveis de pobreza, impulsionados pela baixa produtividade, diversificação limitada do setor agrícola, crescimento económico volátil, esgotamento dos recursos naturais e cobertura limitada de proteção social.

A pandemia de Covid-19 tem tido consequências sem precedentes no Maláui, nomeadamente devido à pressão no sistema de saúde e aos efeitos das medidas de contenção.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o Maláui contabiliza 5.890 casos de infeção pelo novo coronavírus e 183 mortes.

Os mais vulneráveis têm sido os mais afetados pela escassez de alimentos e pelo aumento dos preços, razão pela qual Bruxelas argumenta que “o apoio adicional da Equipa Europa centra-se principalmente na abordagem das consequências socioeconómicas da pandemia”.

Uma das partes do apoio hoje anunciado, de 39 milhões de euros, destina-se a reforçar com 16 milhões de euros o programa de apoio à alimentação escolar, permitindo que 280 mil alunos beneficiem de refeições escolares em 200 escolas primárias da região sul do país.

Esta ajuda visa também melhorar o acesso à água potável, saneamento e higiene, bem como intervenções de mudança de comportamento em benefício dos alunos das escolas, das suas famílias e de toda a sua comunidade.

O apoio total inclui, ainda, 23 milhões de euros para as comunidades vulneráveis, aumentando o número de beneficiários nas zonas rurais e estendê-lo às populações urbanas mais carenciadas.

Entre 2014 e 2020, a UE concedeu mais de 600 milhões de euros para ajudar o país a promover o crescimento e o desenvolvimento económico impulsionado pela agricultura, a assegurar a estabilidade no país e apoiar os mais vulneráveis contra choques recorrentes.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e quase 42,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo.

Em África, há 41.262 mortos confirmados em mais de 1,7 milhões de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

LUSA/HN

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