Quem passar na praça da Sé, na manhã de sábado, poderá receber um pão e contribuir com um euro, numa iniciativa que serve para celebrar o Dia Mundial do Pão e recolher donativos para a luta contra o cancro.
A iniciativa partiu da padaria Pão de Gimonde e do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), à qual se juntaram também estudantes do ensino secundário, que vão ajudar a distribuir o pão nesta iniciativa solidária.
A padaria está a desenvolver projetos com o Centro de Investigação de Montanha (CIMO) do IPB para fomentar a colaboração entre a investigação e o tecido empresarial, e com a Escola Secundária Emídio Garcia, onde ensina os alunos do Curso Profissional de Saúde a fazer pão.
A empresa irá confecionar os pães em conjunto com os alunos da escola secundária, que vão preparar a massa na sexta-feira para ser cozida na madruga de sábado, como explicou a responsável pela padaria, Elisabete Ferreira.
A ideia é fazer mil pães que serão doados durante a manhã de sábado, na Praça da Sé, e os alunos vão estar envolvidos nesta distribuição e, em simultâneo, na recolha dos donativos.
Presente irá estar também uma nutricionista do IPB, que vai explicar a estes jovens e à comunidade em geral o valor nutricional do pão, bem como a importância de o incluir na alimentação diária.
A iniciativa conta ainda com a parceria da moagem Afonso Lopes, que vai fornecer gratuitamente a farinha.
A promotora garante que “o pão que vai ser distribuído é pão mais saudável e com maior teor de fibra” do que o que normalmente se encontra no mercado.
“Vamos fazer três tipos de pão diferentes: pão de trigo integral, pão de trigo e centeio integral e pão de trigo e beterraba”, revelou.
Este último, graças à beterraba, tem uma cor rosada, homenageando uma causa também muito importante como a do “outubro rosa”, mês da prevenção do cancro da mama.
Além da causa solidária, esta ação visa também sensibilizar para a importância deste alimento, lembrando que a FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, “recomenda que o consumo anual de pão seja de cerca de 100 quilos/ano para adultos, e de 75 quilos/ano para as crianças”.
“Infelizmente, os valores são de cerca de 25 a 30 quilos por ano, o que nos preocupa a todos os que trabalham na fileira no cereal”, afirmou.
A empresária assegura que o processo de fabrico do pão tradicional assenta em “tempos de fermentação longos, sem adição de aditivos e com baixo teor de sal”, o que proporciona “uma maior digestibilidade, um menor índice glicémico” e faz com que sacie mais.
LUSA/HN
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