“No ano passado, os correspondentes foram constantemente impedidos de cobrir os preparativos para os Jogos Olímpicos de Inverno. O acesso a eventos de rotina foi negado e foram impedidos de visitar instalações desportivas na China”, disse o FCCC, em comunicado.
“As solicitações dos nossos membros ao comité organizador sobre como cobrir os Jogos encontraram respostas contraditórias ou foram ignoradas”, lê-se na mesma nota.
“Pedimos ao comité organizador e ao COI que melhorem as condições para o exercício do jornalismo antes e durante os Jogos”, acrescentou o clube de correspondentes.
O FCCC apontou várias limitações na cobertura de eventos olímpicos anteriores, a que a imprensa estatal chinesa teve acesso, como a chegada da chama olímpica a Pequim, em 20 de outubro.
A mesma fonte lamentou que as “datas de muitas atividades não sejam tornadas públicas com antecedência, ou a comissão organizadora as anuncie dentro de horas da sua ocorrência”.
A participação de jornalistas estrangeiros é também negada porque a “comissão organizadora limita o comparecimento dos meios de comunicação escolhidos, diz que a cota está cheia, ou porque pedem aos participantes que enviem os resultados dos testes Covid-19 num prazo impossível”.
A mesma fonte apontou uma dúzia de exemplos de obstrução à cobertura apresentados pelos seus membros.
A imprensa japonesa obteve duas vagas para cobrir a chegada da chama olímpica a Pequim, mas o fotógrafo designado para a cobertura foi vetado pelo comité organizador “porque esteve duas semanas antes num local com alguns casos de Covid-19”.
“Eles comunicaram-nos, no último minuto, e disseram que não havia tempo para escolher um substituto”, apontou o órgão japonês.
O FCCC apontou que estes tipos de obstáculos infringem tanto a regra 48 da Carta Olímpica quanto as promessas de Pequim, ao apresentar a sua candidatura para receber os jogos de inverno, sobre a “liberdade de informar sobre os Jogos e os seus preparativos”.
Pequim está programada para sediar os próximos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de inverno a partir de 4 de fevereiro.
LUSA/HN
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