Incêndio ocorrido em hospital de Pequim provoca um total de 29 mortos

Incêndio ocorrido em hospital de Pequim provoca um total de 29 mortos

Doze pessoas foram, entretanto, detidas, na sequência do incêndio, informou a polícia. Entre os detidos estão o diretor do hospital e funcionários da empresa encarregue das obras de reparação do estabelecimento.

A atualização do número de vítimas incluiu uma enfermeira, um médico assistente e o familiar de um paciente, disse Li Zongrong, vice-chefe do distrito de Fengtai.

O incêndio no hospital privado de Changfeng obrigou à retirada de dezenas de pessoas. Alguns dos pacientes e funcionários conseguiram escapar pelas janelas, ao improvisar uma corda feita com lençóis. A causa do incêndio está sob investigação.

Os bombeiros conseguiram apagar as chamas cerca de meia hora depois, embora a operação de resgate tenha durado aproximadamente duas horas.

Incêndios mortais são comuns na China, onde a fraca aplicação das regras de construção e a construção desenfreada não autorizada podem dificultar a fuga das pessoas de prédios em chamas.

Na segunda-feira, pelo menos 11 pessoas morreram, na sequência de um incêndio numa fábrica na cidade de Jinhua, na província de Zhejiang, no leste da China.

LUSA/HN

Brasil e China parceiros num centro de prevenção de doenças

Brasil e China parceiros num centro de prevenção de doenças

Num comunicado, a Fiocruz informou que o projeto com o Centro de Excelência CAS-Twas para Doenças Infecciosas Emergentes (CEEID, na sigla em inglês) da China também envolve o Instituto de Microbiologia da Academia Chinesa de Ciências (CAS).

O novo centro de investigação científica para doenças infecciosas terá uma sede em Pequim e outra no Rio de Janeiro, e atuará para “fortalecer a cooperação na área de ciência e tecnologia relacionada à saúde, com foco na prevenção e controle de pandemias e epidemias, tais como, covid-19, influenza, chikungunya, zika, dengue, febre amarela, oropouche e outras doenças infecciosas, como a tuberculose”.

Além disso, a parceria também buscará desenvolver bens públicos de saúde global, como testes de diagnósticos rápidos, terapias, vacinas e fármacos.

A formalização do acordo ocorre por ocasião da primeira visita do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, à China depois da sua tomada de posse, ressaltando a reaproximação entre os dois países.

Segundo a Fiocruz, a cooperação já se vinha delineando desde antes da pandemia de covid-19, mas sofreu atrasos devido à emergência sanitária e por questões políticas.

“Com a eleição do Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, e a reaproximação de Brasil e China, o memorando de entendimento tomou novo impulso, mostrando que as relações dos dois países podem se aprofundar também na área de saúde”, disse a instituição brasileira.

“A cooperação sino-brasileira em ciência e saúde alcança outro patamar com esse acordo. A pesquisa conjunta em doenças infecciosas nos laboratórios chineses e brasileiros, a troca permanente de experiências e conhecimentos, a qualificação ainda maior da vigilância epidemiológica ganham com o fortalecimento da nossa ciência e capacitam mais os países na preparação para novas emergências sanitárias, cada vez mais comuns”, frisou o presidente da Fiocruz, Mario Moreira.

Moreira também frisou, no comunicado, que a Fiocruz compartilha com a CAS e a Academia Mundial de Ciências (Twas) a visão dos bens de saúde como bens públicos, tais como vacinas, medicamentos e testes diagnósticos.

“O desenvolvimento e produção desses bens precisa se descentralizar e servir ao fortalecimento dos sistemas de saúde para diminuir a vulnerabilidade global. Vamos caminhar juntos nessa direção que fortalece a posição internacional da Fiocruz”, afirmou.

Na nota destaca-se que o acordo prevê a formação de um grupo de trabalho para implementar o centro nos dois países.

A Fiocruz informou que cada sede funcionará com investigadores das duas nacionalidades. Nelas serão desenvolvidos trabalhos de investigação básica, investigação clínica, treino e investigação, comunicação internacional e intercâmbio de pesquisadores.

“Este acordo reforça a cooperação em saúde pública”, comentou Shi Yi, diretor-executivo do CEEID que mediou a série de seminários entre Fiocruz e a CAS no ano passado.

Entre as doenças que serão estudadas, algumas atingem os dois países, como a covid-19. Outras, mais o Brasil, como a febre amarela, mas que vem atraindo o interesse chinês devido ao aumento de obras chinesas de infraestrutura em África, onde alguns de seus trabalhadores têm contraído a enfermidade para a qual a Fiocruz tem experiência, já que produz a vacina.

Por outro lado, a organização brasileira lembrou que a China e Índia produzem grande parte do ingrediente farmacêutico ativo usado no mundo e o país sul-americano pode beneficiar estreitando laços com estes parceiros.

LUSA/HN

Cruz Vermelha Chinesa doa 46 mil euros para apoiar vítimas de ciclone em Moçambique

Cruz Vermelha Chinesa doa 46 mil euros para apoiar vítimas de ciclone em Moçambique

A Cruz Vermelha da China disse ter decidido “proporcionar assistência humanitária de emergência em forma de dinheiro” às congéneres de Moçambique e do Maláui, a qual irá receber 100 mil dólares (92.400 euros).

Num comunicado, mesma institituição acrescentou que irá “continuar a acompanhar a situação e fornecer assistência de acordo com as suas capacidades”, sublinhando as “pesadas baixas e danos materiais” causados pelo Freddy.

A doação surgiu no mesmo dia em que o líder da China, Xi Jinping, enviou mensagens de condolências ao Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, pelas mortes em resultado da passagem do ciclone tropical.

O número de mortos em Moçambique em resultado da passagem do ciclone tropical Freddy subiu para 165, disse na quarta-feira o Programa Alimentar Mundial.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou na quinta-feira que o Freddy matou 605 pessoas em Moçambique, Maláui e Madagáscar, devendo o número de óbitos aumentar, porque 282 pessoas estão dadas como desaparecidas.

O balanço foi dado pela diretora da OMS para África, Matshidiso Moeti, durante uma conferência de imprensa ‘online’ sobre a situação humanitária provocada pelo ciclone Freddy.

Moeti avançou que o temporal feriu 1.400 pessoas nos três países e destruiu mais de 300 unidades de saúde, “sobrecarregando a capacidade dos sistemas de saúde” dos países afetados.

Escolas, estradas e outras infraestruturas também foram destruídos ou danificados pelo Freddy, acrescentou.

A diretora da OMS para África assinalou que uma extensa área de culturas agrícolas ficou inundada, criando o receio de fome nas comunidades afetadas.

No total, prosseguiu, quase 1,4 milhões de pessoas foram afetadas pela passagem do temporal.

“Temos de aumentar a assistência humanitária para ajudar as populações atingidas a lidar com a emergência e na recuperação”, enfatizou.

O ciclone Freddy provocou surtos de cólera nos países afetados e fez aumentar casos de malária e de outras doenças preveníveis, enfatizou Matshidiso Moeti.

A OMS, continuou, já disponibilizou oito milhões de dólares (7,3 milhões de euros) para o apoio nos cuidados de saúde às comunidades afetadas.

Freddy é já um dos ciclones de maior duração e trajetória nas últimas décadas, tendo viajado mais de 10 mil quilómetros desde que se formou ao largo do norte da Austrália em 04 de fevereiro e atravessou todo o oceano Índico até à África Austral.

O ciclone atingiu pela primeira vez a costa oriental de Madagáscar em 21 de fevereiro e regressou à ilha a 05 de março.

Em Moçambique, o ciclone, que teve o primeiro impacto a 24 de fevereiro, voltou a tocar terra há duas semanas.

LUSA/HN

Joe Biden vai desclassificar informação sobre a origem da pandemia do Covid-19

Joe Biden vai desclassificar informação sobre a origem da pandemia do Covid-19

“Devemos ir ao fundo das coisas no que respeita às origens da pandemia do Covid-19, para garantir que saberemos prevenir as pandemias futuras”, declarou Biden, em comunicado.

“O governo vai desclassificar e publicar a maior quantidade possível de informação”, no respeito, contudo, da “segurança nacional”, prometeu.

Promovido no início pela oposição republicana, o texto acabou por ser adotado pelos democratas e aprovado por unanimidade na Câmara dos Representantes, de maioria republicana.

O diretor da polícia federal (FBI), Christopher Wray, estimou recentemente que um acidente em um laboratório na China esteve “muito provavelmente” na origem da pandemia, pouco depois de uma hipótese similar ter sido avançada pelo Departamento de Energia.

A comunidade científica permanece dividida entre os que defendem a hipótese de transmissão por animal e os que defendem a tese da fuga de laboratório em Wuhan.

LUSA/HN

China luta novamente contra peste suína que matou milhões de porcos

China luta novamente contra peste suína que matou milhões de porcos

Segundo o portal de notícias local Sohu, 18 das 31 regiões administrativas do país registaram recentemente novos casos desta doença, com particular incidência em Liaoning (nordeste), Shandong (leste), Hebei (norte) e Shanxi (norte).

Segundo a Organização Mundial da Saúde Animal, não existe atualmente vacina eficaz contra a doença. O Sohu revelou que a China está a desenvolver uma inoculação, mas que não estará disponível antes do final do ano.

A peste suína africana é uma doença hemorrágica altamente contagiosa que pode matar porcos e javalis nos primeiros dez dias após contraírem a infeção.

Diferentes estimativas indicam que o país perdeu mais de 130 milhões de porcos na primeira vaga da doença.

Isto teve efeitos inflacionários a nível global, já que a China é o país que mais carne de porco consome. As interrupções nas cadeias de fornecimento doméstico implicam assim uma reorganização dos mercados de proteínas globais e um aumento dos preços.

Durante a vaga de 2018–2019, as autoridades chinesas autorizaram os matadouros portugueses Maporal, ICM Pork e Montalva a exportar para o país. O acesso ao maior mercado do mundo foi visto pelos produtores portugueses como o “mais importante” acontecimento para a suinicultura nacional “nos últimos 40 anos”.

Estimativas da Bloomberg sugerem que a China perdeu quase metade dos seus porcos durante o último surto em larga escala da doença, que é inofensiva para humanos e outros animais. Analistas citados pela agência preveem que o atual surto pode fazer com que o país asiático perca entre 8% e 15% da sua produção de carne suína.

LUSA/HN