“As economias da Ásia Central registaram crescimentos ininterruptos durante 30 anos até que a pandemia nos veio afetar a todos. A nossa cooperação pode ajudá-los a relançar o seu motor económico”, afirmou ontem a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Falando na sessão de boas-vindas do Fórum Económico UE-Ásia Central que teve por palco a capital do Quirguistão, Bishkek, onde participou por vídeo conferência, a chefe do executivo comunitário defendeu a cooperação como uma forma de ajudar as economias desta região a tornarem-se “mais fortes, mais justas e mais sustentáveis no longo prazo”.
Este Fórum foi a primeira reunião de alto nível de uma série de eventos a realizar nos próximos anos, no âmbito da estratégia dos 27 Estados-membros da UE para a Ásia Central, adotada em 2019, e cuja prioridade é o fortalecimento dos laços económicos entre ambas as regiões.
O Fórum contou com a participação de altos representantes e de empresários de mais de 15 países da União Europeia e os seus homólogos do Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão e Turquemenistão.
Durante o conclave, os participantes puderem trocar opiniões sobre o desenvolvimento económico sustentável da região, focando as análises na digitalização, na recuperação económica amiga do ambiente e na sustentabilidade.
Citado pela Efe, o Presidente do Quirguistão, Sadir Zhaparov, referiu que a Ásia Central está a tornar-se uma região “cada vez mais atrativa de ponto de vista da cooperação económica e comercial e do investimento”.
Na ocasião, o chefe de Estado referiu que em 1994 o Produto Interno Bruto (PIB) de todos os países da Ásia Central não chegava aos 45.000 milhões de dólares, enquanto em 2019 registava um valor da ordem dos 347.000 milhões de dólares, cerca de oito vezes mais.
“Isto confirma a existência de condições prévias para estabelecer uma cooperação prometedora com os países da União Europeia”, precisou.
Já o vice-presidente da CE, Valdis Dombrovskis, assegurou que, “com um ambiente adequado para atrair investimento e apoiar empresas, é possível alcançar uma maior diversificação das economia da Ásia Central”.
Estes países, disse ainda, têm a oportunidade de, no pós-pandemia, promover uma recuperação sustentável, digital e inclusiva.
Os participantes no Fórum emitiram uma declaração conjunta em que expressam o seu empenho em fortalecer a cooperação UE-Ásia Central, com o objetivo de apoiar a transformação das economias desta segunda região num espaço “diversificado e competitivo, impulsionado pelo setor privado”.
Esta transformação económica, afirmaram ainda, “estimulará a criação de empregos e uma maior integração das cadeias de valor regionais e globais” o que ajudará à recuperação económica dos países da Ásia Central.
LUSA/HN
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