O banco de leite, inaugurado em 2018, também se ressentiu dos impactos causados pelas restrições impostas pela pandemia no país, tendo registado uma redução do número de mães doadoras e consequentemente da quantidade de leite disponível, disse Sónia Bandeira, diretora do banco de leite materno de Maputo, em entrevista à Lusa.
“Nunca chegamos a ficar sem leite, mas tivemos alguma situação de stresse por um tempo, relativamente curto”, frisou Sónia Bandeira, referindo que tiveram de se reinventar para “reverter a situação”.
Antes da eclosão do novo coronavírus em Moçambique, as mães faziam a doação em centros de saúde e hospitais, mas com a pandemia o número de doadores reduziu-se.
Na nova estratégia adotada pelo HCM, as mães doadoras entram em contacto e os profissionais do banco de leite vão até às suas casas, explicam todo o processo e deixam os frascos para a doação.
“Deixamos os frascos e em datas fixas da semana vamos e fazemos a recolha do leite e assim é que mantemos o nosso ‘stock’”, num processo que conta com 1.018 doadoras, das quais 40 ativas, acrescentou Sónia Bandeira.
No total, desde a inauguração do serviço, foram coletados 550 litros de leite, uma quantidade que serviu para cerca de 400 bebés, principalmente recém-nascidos prematuros.
O banco de leite materno apoia também mulheres que têm problemas e sentem dores para amamentar, com feridas nos mamilos e cujos bebés não consigam ganhar peso por algum motivo.
Moçambique tem um total acumulado de 1.934 mortes e 151.422 casos de covid-19, 98% dos quais recuperados.
LUSA/HN
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