Vacinas com eficácia acima dos 80% para prevenir hospitalização e morte

19 de Novembro 2021

As vacinas contra a Covid-19 utilizadas em Portugal apresentam uma eficácia superior a 80% na prevenção de hospitalização e de morte e superior a 53% contra a infeção pelo SARS-CoV-2, adiantou esta sexta-feira uma especialista do INSA.

Em relação às formas graves de doença, as “efetividades [das vacinas] são bastante elevadas, superior a 80% de uma forma geral, sendo mais baixas quando olhamos para população acima dos 80 anos”, referiu Ausenda Machado, na reunião sobre a situação epidemiológica em Portugal na sede do Infarmed, em Lisboa.

Segundo a especialista do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), contra a infeção pelo coronavírus, as quatro vacinas utilizadas no plano de vacinação nacional permitem uma proteção acima dos 50% para os vários grupos etários.

“Os resultados da efetividade indicam-nos que as vacinas são efetivas na redução da doença, mas em particular quando olhamos para doença grave ou muito grave”, adiantou Ausenda Machado.

Segundo disse, esta eficácia varia com a idade, o que já se observa em outras vacinas, e os valores mais elevados encontra-se na população entre os 30 e 49 anos.

Já nos idosos com 65 ou mais anos, “começamos a perceber que há um decaimento desta proteção conferida após a vacinação completa, sendo que este decaimento é mais significativo” no caso da infeção, o que vem reforçar da importância de uma dose de reforço, disse.

“A informação preliminar da introdução da estratégia de reforçar a vacinação na população com 80 ou mais anos parece mostrar um decréscimo da incidência neste grupo etário”, adiantou a especialista.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.130.627 mortes em todo o mundo, entre mais de 255,49 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.300 pessoas e foram contabilizados 1.117.451 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

LUSA/HN

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