Várias cidades do país declararam estado de emergência municipal, deslocando polícias e encerrando áreas com maior risco de distúrbios, antecipando essa possibilidade em função dos apelos ao protesto detetados nas redes sociais.
A polícia da província de Overijssel anunciou hoje a detenção de 13 pessoas em Zwolle por “vários crimes”, incluindo posse de fogo de artifício, após o destacamento de polícias com o objetivo de fornecer “vigilância adicional” dentro e ao redor do centro da cidade durante à noite.
Outras oito pessoas foram detidas em Roosendaal, na província de Brabant, por atear fogo numa paragem de autocarros e num parque infantil, segundo a autarquia.
Em Apeldoorn, dezenas de jovens reuniram-se para causar tumultos e destruíram uma rotunda, incendiaram vários arbustos, partiram sinais de trânsito e uma paragem de autocarros e atiraram fogo de artifício contra polícias, mas ainda não é claro se foram realizadas detenções.
Na sexta-feira passada, um protesto não autorizado em Roterdão contra as restrições impostas pelo Governo de combate à pandemia do SARS-CoV-2 levou a tumultos e confrontos entre grupos de pessoas e a polícia.
Cerca de quatro pessoas foram feridas a tiro naquela noite, embora a polícia ainda investigue se os ferimentos foram causados por tiros dos seus agentes.
Desde então, grupos em cidades de todo o país têm-se manifestado com violência. Várias pessoas ficaram feridas nestes tumultos e, até segunda-feira, pelo menos 130 pessoas tinham sido detidas pela polícia holandesa.
Os Países Baixos reintroduziram o confinamento parcial na semana passada para tentar travar a propagação do novo coronavírus, o que levou à interdição de acesso a determinados locais, incluindo bares e restaurantes, a pessoas não vacinadas contra a Covid-19.
A Covid-19 provocou pelo menos 5.148.939 mortes em todo o mundo, entre mais de 256,91 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
LUSA/HN
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