Em declarações à agência Lusa, a presidente da instituição, Isabel Jonet, afirmou que depois de em fevereiro se ter verificado um aumento da procura por esta ajuda, quando a economia voltou a fechar, a situação começou a normalizar, “a pouco e pouco”, no verão, mas que nas duas últimas semanas houve “um acréscimo de pedidos”.
Isabel Jonet atribuiu este acréscimo a uma antecipação das dificuldades que poderão advir do fim das moratórias. “Hoje vemos pessoas que estão a pedir por precisarem ou porque estão na expectativa de ficar sem emprego no final do mês”, disse.
“O Banco Alimentar é um barómetro imediato”, declarou, acrescentando que provavelmente há empresas que já comunicaram a não renovação de contratos a seguir ao Natal. “De certeza que vamos ter muito mais pedidos”, antecipou a responsável.
A campanha abrange os 21 bancos alimentares que existem em Portugal.
Depois de a pandemia de covid-19 ter impedido a presença de voluntários nas lojas, desde maio de 2020, a campanha volta a decorrer da forma habitual, em cerca de 1.200 estabelecimentos comerciais, de Norte a Sul do país.
De acordo com a instituição, no ano passado os bancos alimentares distribuíram 29.939 toneladas de alimentos, com um valor estimado em 41,9 milhões de euros.
Os bens foram entregues a 2.700 instituições e entidades e contribuíram para a alimentação de 450.000 pessoas.
De 27 de novembro a 05 de dezembro também estará disponível uma campanha online para a contribuição através de um vale em www.alimenteestaideia.pt
As campanhas de recolha de alimentos realizam-se duas vezes por ano.
LUSA/HN
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