Com esta ZLT, que servirá em contexto de emergência médica e situações de catástrofe, “pretende-se encontrar novas soluções de base tecnológica, de forma a tornar mais rápida a resposta em situações de emergência, bem como afirmar Portugal internacionalmente como um espaço preferencial de teste e experimentação de novos conceitos de operação, tecnologias e serviços para a área da Saúde”, explica o Centro Hospitalar Universitário de São João, em nota de imprensa.
Esta solução pioneira no país “resulta da combinação de valências dos setores da mobilidade e da aeronáutica, em torno do conceito Mobilidade Aérea Avançada, uma área emergente da indústria aeronáutica que pressupõe a utilização de veículos aéreos de descolagem vertical, incluindo drones”, esclarece o hospital.
“O objetivo é testar e experimentar o transporte de carga e de passageiros, caso do transporte de órgãos ou de medicamentos, numa abordagem integrada entre meios físicos de mobilidade aérea e terrestre, conectividade entre os vários meios e plataformas computacionais para gestão das operações que permitam, com base nos dados recolhidos, desenvolver modelos inteligentes de otimização de recursos e rotas”, acrescenta.
Citado no documento, o presidente do Conselho de Administração do São João, Fernando Araújo, destaca que, para aquela unidade hospitalar, “integrar um projeto desta dimensão e complexidade tecnológica é uma oportunidade única para fazer parte de um ecossistema de parceiros de áreas tão distintas como são a ciência, a tecnologia e a indústria”.
“Procurar respostas rápidas e adequadas a situações de emergência médica não é, apenas, um desígnio dos profissionais de saúde, e unir esforços multidisciplinares para um bem comum é essencial para o país”, considera o administrador.
Este projeto alia-se à já anunciada criação de um heliporto, que conta com apoio comunitário através da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, e do Hub de Mobilidade em Emergência Médica.
Todas estas iniciativas são estratégicas, afirma Fernando Araújo, “e a concretização desta ZLT permitirá também o uso desta infraestrutura em atividades de experimentação na área da mobilidade aérea avançada em rotas aéreas entre o Porto, Braga e Guimarães e a ligação em corredores aéreos aos hospitais de Braga e Valongo”.
A ZLT do Hospital de São João será gerida com o apoio do 4LifeLab, “um laboratório colaborativo de dispositivos e sistemas para emergências médicas que conta com parceiros como o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto”.
Também o Município do Porto participará no processo, pois integra a rede europeia de teste de mobilidade aérea urbana.
LUSA/HN
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