Fecho da pediatria do Hospital Garcia de Orta foi “medida cautelar”, explica primeiro-ministro

1 de Dezembro 2021

O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira que o encerramento por 14 dias dos serviços de pediatria do Hospital Garcia de Orta, em Almada, foi uma “medida cautelar”, preferindo-se “jogar pelo seguro” face ao desconhecimento da variante Ómicron do coronavírus.

Falando aos jornalistas pouco depois de participar na cerimónia de comemoração do 1.º de Dezembro, que decorreu na Praça dos Restauradores, em Lisboa, António Costa abordou o encerramento por 14 dias dos serviços de urgência pediátrica e consulta externa de pediatria do Hospital Garcia de Orta, em Almada, na sequência de um caso de Covid-19 da variante Ómicron.

Segundo António Costa, “um dos médicos desse serviço é também médico da Belenenses SAD e, portanto, estava incluído no grupo das 13 pessoas que tinham sido detetadas como tendo sido contaminadas” pela variante em questão.

“Por ter tido contacto com os demais, o que é que foi feito? Foi adotada a medida cautela que as autoridades de saúde pública têm vindo a adotar, que é, havendo pouca informação ainda sobre esta variante, jogam pelo seguro”, referiu.

António Costa salientou assim que, nestes casos, as autoridades de saúde “testam massivamente, testam os contactos de contactos, de forma a procurar conter qualquer risco de contaminação”.

Com o encerramento do serviço, “todas as crianças que seriam atendidas nessas urgências pediátricas são reencaminhadas para outras urgências pediátricas do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, frisou.

Os serviços de urgência pediátrica e consulta externa de pediatria do Hospital Garcia de Orta, em Almada, estão encerrados desde terça-feira e por um período de 14 dias na sequência de um caso de Covid-19 de um profissional de saúde, em funções no hospital e ligado ao surto já conhecido da variante Ómicron em Portugal.

O hospital aplicou a medida de isolamento profilático imediato a todos os contactos de risco identificados, cumprindo assim as orientações da autoridade de saúde.

Em comunicado, o hospital adiantou que foram detetados 28 contactos de risco entre os profissionais de saúde, os quais estão a ser acompanhados pelo Departamento de Saúde Ocupacional da unidade hospitalar e que vão permanecer em isolamento profilático durante 14 dias.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.430 pessoas e foram contabilizados 1.144.342 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

LUSA/HN

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