“A adesão é de facto muito elevada nas regiões do centro e norte com algumas empresas encerradas e outras apenas a cumprir serviços mínimos, como é o caso da Transdev”, disse à Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).
Segundo a dirigente sindical, na Rodoviária de Lisboa, que além de hoje cumpre na sexta-feira novo dia de greve, a adesão ronda os 70 a 75%.
“Na Rodoviária de Lisboa a adesão é mais elevada, mas noutras transportadoras efetivamente é mais baixa, apesar de ainda não conseguir avançar com números”, disse.
Os trabalhadores das empresas privadas de transporte rodoviário cumprem hoje mais uma greve de 24 horas, contra as propostas de atualização salariais que lhes foram apresentadas.
De acordo com a Fectrans, os trabalhadores avançaram para a greve perante as propostas da Associação Nacional de Transportes de Passageiros (ANTROP) e Transdev de atualização salarial em 2022 de 10,5 euros por mês e 10 euros por mês, respetivamente.
Este é o quarto dia de greve de trabalhadores das rodoviárias privadas, que cumpriram paralisações nos dias 20 de setembro, 01 de outubro e 22 de novembro.
De acordo com a Fectrans, o último dia de greve (22 de novembro) teve uma adesão no norte e centro do país, entre os 60% e os 100%.
A greve abrange todos os trabalhadores das empresas privadas do setor rodoviário de passageiros, associadas na ANTROP e as da Transdev, onde se aplica o Contrato Coletivo de Trabalho Vertical (CCTV).
Os trabalhadores da Rodoviária de Lisboa cumprem uma greve de 48 horas (hoje e sexta-feira) para reivindicar melhorias salariais, queixando-se da falta de resposta da administração.
A Fectrans e o SITRA defendem que as propostas dos patrões estão “muito distantes” das apresentadas pelos sindicatos, traduzindo-se “numa atualização de 0,33 euros por dia, que nem dá para beber mais um café”.
Os trabalhadores reivindicam o aumento do salário base do motorista para 750 euros, bem como uma atualização, na mesma percentagem, para os demais trabalhadores.
Por outro lado, exigem uma atualização do subsídio de refeição “nos mesmos termos percentuais” do aumento do salário do motorista e a redução do intervalo de descanso para o máximo de duas horas.
Os sindicatos reiteraram estar disponíveis para negociar propostas que permitam um acordo de valorização dos salários.
LUSA/HN
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