“Avançar para o período de Natal sem restrições para reduzir o volume de contacto pessoal é simplesmente um risco muito alto”, realçou o primeiro-ministro da Irlanda, Micheal Martin, numa comunicação dirigida aos irlandeses.
Entre 07 de dezembro e 09 de janeiro, as discotecas vão encerrar e o distanciamento social volta a ser obrigatório em bares e restaurantes, que terão no máximo seis pessoas por mesa, e hotéis, onde apenas será possível haver serviço de quartos, segundo as recomendações divulgadas pelas autoridades de saúde.
A lotação foi reduzida para metade em espaços culturais e eventos desportivos, sendo o uso de máscara obrigatório.
Foi ainda aconselhada a limitação das reuniões familiares a um máximo de quatro pessoas, noticia a agência AFP.
Em meados de novembro, Dublin já tinha anunciado medidas para conter uma nova subida de casos de Covid-19 na Irlanda e proteger o sistema de saúde, poucas semanas após o levantamento total das restrições em vigor.
O executivo de Micheal Martin recomendou também o teletrabalho sempre que possível e antecipou o encerramento de bares e restaurantes para a meia-noite.
O uso do certificado sanitário, já aplicado em bares, restaurantes e discotecas, foi estendido a locais de lazer.
Apesar do sucesso da campanha de vacinação e da ‘estabilização’ do número de novos casos, o surgimento da nova variante Ómicron, que já foi detetada na Irlanda, é “uma fonte de preocupação”, alertou o primeiro-ministro.
“Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar que esta nova variante circule no país”, garantiu.
“Se a Ómicron se propagar e for mais transmissível, fica óbvia a possibilidade de haver uma crise muito grave”, acrescentou.
Com cinco milhões de habitantes, a Irlanda tem quase 90% dos maiores de 12 anos totalmente vacinados e registou 5.419 casos positivos na sexta-feira, segundo os dados oficiais.
A pandemia de Covid-19 já provocou a morte a mais de 5.700 pessoas na Irlanda.
A Covid-19 provocou pelo menos 5.233.111 mortes em todo o mundo, entre mais de 263,61 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em cerca de 30 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
LUSA/HN
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