“Infelizmente a pandemia continua a condicionar os nossos dias e a cortar a nossa liberdade, pelo que a forma mais segura de passar o final do ano será, uma vez mais, cada um em sua casa junto do seu núcleo próximo e preferencialmente testado”, lê-se na página do evento na rede social Facebook.
Para o organizador, a passagem de ano à janela é uma forma de “reduzir a solidão de alguns, dar mais animação a outros, mas principalmente garantir uma grande festa com elevada segurança e com elevado espírito comunitário”.
Em declarações à Lusa, Miguel Bento recordou o sucesso da primeira edição, dando como exemplo o que aconteceu no bairro das Barrocas, onde vive, em que conseguiu ouvir os vizinhos e algumas “paneladas” nas ruas próximas.
“No bloco de prédios onde moro, quase todos os vizinhos vieram para as janelas, possibilitando que criássemos uma grande contagem de decrescente para 2021, com muita música, animação, iluminação e sem comprometer a saúde de ninguém”, assinalou.
Miguel Bento lembra que naquela altura estava em quarentena, porque tinha estado em contacto com uma pessoa infetada com o novo coronavírus, adiantando que a única forma de ter uma passagem de ano “especial” seria em casa com a mulher e as duas filhas e à janela com os vizinhos.
Refere ainda que muitas pessoas foram adicionando no evento do Facebook vários vídeos “das suas janelas iluminadas, das suas paneladas, das suas contagens”, o que o leva a concluir que a iniciativa teve “bastante adesão”.
Este ano, o aveirense optou por lançar a iniciativa mais cedo, para tentar chegar a mais pessoas, apelando a todos que partilhem o evento o mais que puderem, mas também que informem os vizinhos, amigos e familiares, pois nem todas as pessoas têm acesso a redes sociais.
“Na outra iniciativa já tivemos bastantes janelas iluminadas, mas gostava que este ano fossem ainda mais e mesmo sabendo que não sou o Bruno Nogueira, se ele conseguiu iluminar tantas janelas no verão, penso ser possível iluminar Aveiro no Natal e na Passagem de Ano”, disse.
O evento foi criado a 02 de dezembro na rede social Facebook e em apenas cinco dias já tinha quase 50 pessoas confirmadas e cerca de uma centena que responderam com interesse.
LUSA/HN
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