No caso das vacinadas, podem ser infetadas na mesma pelo coronavírus SARS-CoV-2, mas terão, na maioria dos casos, formas mais benignas da doença, enquanto as pessoas não vacinadas estão a representar “entre 80% e 90% ” das infeções graves, hospitalizações e mortes.
No entanto, a diretora do departamento de imunização da OMS, Kate O’Brien, manteve em conferência de imprensa que “isto não deve interpretar-se de modo nenhum como falta de eficácia das vacinas”.
“À medida que a cobertura da vacinação aumenta, entre os novos casos haverá uma maior proporção que corresponde a pessoas vacinadas. Não é surpreendente que, havendo mais pessoas vacinadas, vejamos um número maior de infeções”.
Salientou que “o risco maior é para as pessoas não vacinadas, pelo que há uma pandemia a duas velocidades”, afirmou na apresentação das últimas conclusões do grupo que aconselha a OMS sobre imunização.
Kate O’Brien indicou que a variante mais recente do SARS-CoV-2 descoberta na África Austral (Ómicron) poderá gerar mais pressão sobre o armazenamento de vacinas e alterar os planos dos países mais ricos, que anunciaram doações das doses que têm a mais aos países mais pobre, encaminhando-as em vez disso para vacinação de reforço das suas populações.
Argumentou que a contenção da pandemia não funcionará “a menos que as vacinas cheguem a todos os países onde a transmissão continua e de onde estão a surgir variantes”.
LUSA/HN
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