Primeiro-ministro diz que nova ala pediátrica do São João prova que é possível “fazer acontecer os sonhos”

11 de Dezembro 2021

O primeiro-ministro afirmou este sábado que a nova ala pediátrica do Hospital de São João é prova de que, apesar da pandemia, é possível “fazer acontecer os sonhos”, dizendo que a sua concretização motiva a resolução de outros problemas.

“O mais difícil, seguramente, foi fazer e garantir que os sonhos não morriam com a covid-19. O sonho de termos esta ala é um sonho que tem mais de 10 anos, houve muitas oportunidades de poder ser resolvida, mas a verdade é que foi preciso fazer acontecer esse sonho porque os sonhos ou acabam quando acordamos ou se transformam em realidade”, afirmou António Costa.

A nova ala pediátrica do Hospital de São João, no Porto, para onde já foram transferidas 21 crianças, foi inaugurada hoje, depois de o serviço ter funcionado 10 anos em contentores “indignos” e de dois anos de obras.

Na inauguração na nova ala pediatria do Hospital de São João, o primeiro-ministro salientou que aquele espaço é a prova de que foi possível “fazer acontecer esse sonho”, apesar da pandemia da Covid-19.

“Houve um Conselho de Administração que, seguramente, assoberbado com uma enorme pressão daquilo que foi o acréscimo de serviço que a pandemia impôs a todos os profissionais e instituições conseguiu encontrar uma vigésima quinta hora no seu dia para continuar a fazer esta obra andar”, salientou.

Considerando a obra “exemplar”, António Costa disse ser preciso sair da mesma com a confiança de que “nos momentos mais negros e difíceis, há sempre um caminho onde é possível desde que haja vontade para o fazer”.

“Estamos aqui hoje porque não paramos, mas temos de sair daqui hoje com a convicção de que não podemos parar porque este problema foi resolvido, mas infelizmente há outros problemas que continuam a ter a necessidade de serem resolvidos”, observou.

O primeiro-ministro disse também, a propósito da proposta de alteração aprovada ao Orçamento do Estado para 2019 para prever o ajuste direto para a construção da nova ala, ser preciso “refletir”, considerando que a mesma foi “um bom caso prático”.

“Desta vez, não houve contencioso, não houve providências cautelares a parar a obra. Foi mesmo um trabalho para engenheiros e operários civis e não para juristas e essa é uma lição muito importante que todos devemos reter”, disse, lembrando ser preciso garantir aos cidadãos que os impostos que pagam são “geridos com transparência, rigor e produzem resultados”.

“Um dos resultados dos impostos que pagaram estão aqui, nos 25 milhões de euros, que estão nesta ala pediátrica”, acrescentou.

A empreitada da nova ala pediátrica do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ), no Porto, arrancou em 01 de outubro de 2019 e para trás deixou 10 anos de um internamento pediátrico feito em contentores “indignos e desumanos”.

O “Joãozinho” nasceu em 2009 e em 03 de março de 2015 foi lançada a primeira pedra da obra pelo então primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

A empreitada, então com um prazo de construção de dois anos, estava orçada em cerca de 25 milhões de euros e seria financiada por fundos privados, angariados através da associação humanitária “Um Lugar Pró Joãozinho” que doaria a obra ao centro hospitalar.

A nova ala pediátrica, cuja empreitada ficou a cargo da empresa Casais – Engenharia e Construção, está integrada em cinco pisos do edifício principal do hospital e conta com 13 mil metros quadrados.

Com capacidade para 100 camas e 700 colaboradores, a ala tem blocos operatórios, unidades de cuidados intensivos neonatais e a primeira unidade de queimados pediátricos do país.

Somam-se também valências como a cardiologia pediátrica, cirurgia cardíaca e de intervenção, oncologia pediátrica, grande trauma e resposta a doentes neurocríticos.

O espaço conta ainda com uma área lúdica, a Sala de Brincar Ronald McDonald.

Em funcionamento desde o dia 16 de novembro, a nova ala pediatria do Hospital de São João recebeu já as primeiras 21 crianças e os seus familiares.

A primeira utente a dar entrada naquela estrutura, que de promessa antiga e sonho se tornou realidade, foi uma bebé de um mês.

LUSA/HN

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