Para sexta-feira está prevista a administração das doses da vacina da Johnson & Johnson e no dia 28 as da Pfizer.
A medida foi anunciada pelo Ministério da Saúde poucas horas depois de a Autoridade Reguladora de Saúde da África do Sul (Saphra) ter dado “luz verde” para a aplicação de doses de reforço da vacina da Johnson & Johnson.
A Saphra tinha já aprovado no passado dia 08 de dezembro a administração de uma terceira dose da Pfizer, mas o governo sul-africano ainda não havia anunciado o cronograma de administração da vacina.
“O Ministério da Saúde tem o prazer de anunciar os detalhes da administração das doses de reforço para as vacinas covid-19 utilizadas no país”, explicou hoje o ministério em comunicado.
Os vacinados com a fórmula Johnson & Johnson poderão ir aos postos de inoculação a partir deste dia 24 de dezembro, desde que tenham passado mais de dois meses desde a primeira dose.
Para as vacinas da Pfizer, o programa de reforço será iniciado em 28 de dezembro.
Neste caso, entre a segunda e terceira doses, deviam ter decorrido pelo menos seis meses, com exceção para pessoas imunodeprimidas (três meses).
O ministério não anunciou planos que contemplem a mistura de doses, pelo que os cidadãos deverão receber o mesmo fármaco nas doses de reforço.
Até agora, a África do Sul, que é o grande epicentro da pandemia no continente africano, só havia dado doses de reforço nas suas unidades de saúde (com a vacina Johnson & Johnson).
A descoberta da variante Ómicron, que é mais resistente às vacinas existentes, está a obrigar a acelerar a aplicação de doses de reforço em todo o mundo, apesar de no continente africano a taxa geral de vacinação ainda ser muito baixa (menos 11% da população tem o padrão original completo).
Na África do Sul, com um total de 3,3 milhões de infeções e cerca de 90.500 mortes, o progresso da vacinação também é lento, apesar de ser a nação mais desenvolvida da África.
Apenas 27% da população tem o padrão completo, enquanto a África do Sul atravessa a sua quarta grande vaga de casos, impulsionada justamente pela variante Ómicron.
Embora a nova variante do novo coronavírus tenha inicialmente desencadeado infeções a uma velocidade sem precedentes, um mês após o anúncio de sua deteção, as infeções já estão a começar a diminuir na África do Sul.
LUSA/HN
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