Perante o aumento exponencial de casos, e a confirmar-se a menor gravidade da infeção causada pela variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, especialistas apontam como nova estratégia de combate à pandemia a imunidade natural.
Questionada pela agência Lusa se este é o caminho a seguir, a diretora-geral da Saúde afirmou que, neste momento, as autoridades mantêm a estratégia de “reforçar as medidas todas que impeçam a transmissão do vírus”, nomeadamente o distanciamento físico, o uso da máscara, a higienização das mãos, bem como a vacinação, a testagem e o arejamento dos espaços.
Para Graça Freitas, a estratégia de imunização natural tem “dois riscos”, sendo o primeiro o número de pessoas doentes ao mesmo tempo.
“Apesar da doença ser pouco grave, se tivermos muitas pessoas ao mesmo tempo infetadas isso vai impactar nos serviços de saúde, quer a gente queira, quer não”, alertou.
Por outro lado, observou, o risco de a pessoa ter “um internamento ou um desfecho grave não é zero”.
“Obviamente, há grupos mais vulneráveis que outros, mas há pessoas aparentemente saudáveis que podem também ter uma evolução negativa e infeção natural comporta esse risco”, sustentou.
Graça Freitas explicou que, enquanto a vacinação é um processo de imunização controlado, “com pouquíssimas reações adversas” e que não leva ao internamento, nem à morte, a doença natural comporta esse risco.
Os casos da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 estão a aumentar exponencialmente em Portugal e no mundo, tendo as infeções com SARS-CoV-2 atingido ontem, pelo terceiro dia consecutivo, um novo máximo de 28.659 novos casos em 24 horas
LUSA/HN
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