Cabo Verde reduz para sete dias isolamento de positivos sem sintomas

5 de Janeiro 2022

Cabo Verde anunciou esta quarta-feira a redução de 10 para sete dias o isolamento de pessoas infetadas com o novo coronavírus, mas que não apresentam sintomas, mas recomendou o cumprimento das medidas de prevenção no regresso ao convívio social.

Numa diretiva datada de terça-feira e divulgada hoje, a Direção Nacional de Saúde (DNS) referiu que a atual informação científica disponível sobre a Covid-19 e relacionada com a variante Ómicron evidencia uma tendência para o encurtamento do tempo recomendado de isolamento das pessoas infetadas com o coronavírus SARS-CoV-2.

“Esta recomendação é devido ao facto de que a maioria das transmissões ocorre no início da infeção/doença, geralmente, 1 – 2 dias antes do início dos sintomas e 2 – 3 dias depois”, justifica a organização sanitária cabo-verdiana.

Neste contexto, a DNS determinou que “o período de isolamento de pessoas devido à infeção por SARC-CoV-2 para a ser de sete dias a partir da data do início dos sintomas, ou a partir da colheita da amostra cujo resultado foi positivo”.

Na mesma diretiva, assinada pelo diretor nacional de Saúde, Jorge Noel Barreto, é referido que as pessoas que forem consideradas contactos próximos das infetadas, caso não apresentem sintomas, não precisam de fazer o teste de despistagem e nem ficar em quarentena profilática.

Mas se apresentarem sintomas, prosseguiu a mesma nota, devem contactar a delegacia de Saúde logo que possível para realização de teste para esclarecimento do diagnóstico.

E neste caso, se o resultado for negativo, a pessoa pode voltar ao convívio social, mas “observando rigorosamente” todas as medidas de prevenção.

“Se o resultado for positivo, deve seguir as orientações do Ministério da Saúde e cumprir o isolamento de sete dias”, determinou a autoridade de Saúde cabo-verdiana, indicando que em qualquer uma das situações, o regresso ao convívio social deve ser acompanhado do cumprimento das medidas de prevenção.

Cabo Verde tem registado nos últimos dias recordes diários de novos infetados com o novo coronavírus, com 1.025 na terça-feira, dia em que confirmou a presença da variante Ómicron a circular no arquipélago.

Neste momento, Cabo Verde tem uma taxa de incidência acumulada de 810 casos por 100 mil habitantes, uma taxa de transmissibilidade de 2,52, taxa de positividade de 21,2% e uma taxa de ocupação hospitalar de 30%.

Quanto à vacinação, até domingo último 84,1% dos adultos no país já estavam imunizados com a primeira dose, 70,8% com a segunda, 1,8% com a dose de reforço e 46,5% dos menores dos 12 aos 17 anos também já tinham recebido a primeira dose.

Na manhã de hoje, o Presidente da República, José Maria Neves, e o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, dirigiram uma mensagem conjunta ao país, onde apelaram à vacinação, ao cumprimento das medidas de prevenção e a uma “fiscalização rigorosa” das normas sanitárias.

Na semana passada, o Governo elevou o país a situação de contingência, até 20 de janeiro, e apertou várias regras para tentar conter a propagação do vírus no país.

Até terça-feira, Cabo Verde tinha um acumulado de 44.592 casos de infeção pelo novo coronavírus, 5.568 casos ativos, 38.643 casos considerados recuperados e 354 óbitos provocados pela doença.

LUSA/HN

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